De tênis, bermuda camuflada, capacete, armados e, pedalando em uma bicicleta. Assim podem ser reconhecidos os novos personagens da cidade teresinense.
Quinze policiais do Comando de Policiamento da Capital (CPC) passaram a realizar fiscalização e monitoramento utilizando bicicletas pelas Avenidas Raul Lopes e Marechal Castelo Branco.
A iniciativa visa promover uma interação maior com a comunidade, com a vantagem de permitir maior agilidade aos policiais em serviço.
A ronda ostensiva de bicicleta foi apresentada como uma alternativa para facilitar a perseguição aos delinquentes e promover policiamento comunitário. O objetivo é aumentar a sensação de segurança na região, tradicionalmente, utilizada para caminhadas.
De acordo com o coronel Alberto Moraes, comandante do policiamento da capital, o projeto prevê, a princípio, o reforço diário de 15 militares fazendo rondas pelo local nos horários de pico.
?Por conta da necessidade de levar 95% do efetivo da polícia para atividade de rua, o CPC começou a trabalhar a ideia. Apresentamos o projeto para a Polícia Ambiental, porque eles fazem o policiamento na beira do rio, e o ?Bike Patrulhamento? foi implantado?, coloca o comandante ao acrescentar que essa é mais uma modalidade de policiamento. ?Já temos o motorizado e o outro que é feito a cavalo, na Raul Lopes?, acrescenta.
Os policiais Douglas Bervique, Donald Rabelo e Bezerra Lima estão desde o último domingo, data de início do serviço, fazendo as rondas ostensivas. Todos os dias, das 5h às 10h da manhã e de 16 às 22h, eles revezam os horários com outros 12 policiais. Três ficam na Avenida Raul Lopes e outros três na Marechal Castelo Branco.
?Alguns de nós já fazíamos essa ronda, só que a pé. Com as bicicletas temos mais fluidez no trânsito e ficamos mais próximos da sociedade. Também é melhor porque cobrimos uma área bem maior?, coloca o policial Bervique, ao completar que esse tipo de policiamento apresenta vantagens se comparado com outras modalidades.
?O motorizado, por exemplo, é muito rápido e não pode dividir espaço com o pessoal da caminhada. Assim temos mais contato, conversamos com as pessoas, ficamos mais perto delas, o que as oferece mais segurança.?, declara.
Além disso, o transporte é mais acessível e saudável. As pessoas têm mais facilidade de acenar e conversar com policiais ciclistas, e usando as bicicletas, os policiais mantêm ainda a boa forma física.
O patrulhamento ciclístico já foi introduzido em outros Estados brasileiros e, até mesmo em outros países, sempre com o mesmo propósito: dar ao policial mais agilidade nos deslocamentos e maior flexibilidade nas ações.