Uma adolescente de 14 anos foi vítima de um estupro coletivo em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, segundo a Polícia Civil. Entre os suspeitos estão três marinheiros e um adolescente, também de 14 anos. O caso aconteceu na tarde de quinta-feira (16) e os suspeitos foram detidos na manhã desta sexta-feira (17). Todos já foram ouvidos.
De acordo com o delegado Getúlio Vargas, responsável pelo caso, a menina saiu da escola mais cedo e foi convidada por um dos rapazes a ir para a casa de um colega, da Marinha, no bairro Morumbi. Na casa, os três marinheiros, a menor e o outro adolescente consumiram uma grande quantidade de bebida alcoólica.
No início da noite, a garota foi levada pelos próprios suspeitos à Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Além do estado de embriaguez, os plantonistas identificaram os sinais de violência sexual sofrida pela jovem e informaram a polícia. Investigadores foram até a unidade de saúde por volta das 23h para levantar as primeiras informações.
Ainda segundo o delegado, a garota disse não se lembrar de detalhes do que aconteceu, mas informou o local para onde havia sido levada. Com os dados, os três suspeitos, de 19, 20 e 21 anos, foram identificados, localizados e presos em flagrante. Eles foram encaminhados ao Batalhão do Exército, onde ficarão detidos O menor foi encaminhado ao Centro de Socioeducação (Cense) de Foz do Iguaçu.
Abuso
Ao serem interrogados, os três negaram envolvimento no crime, confirmaram que estavam na casa e presenciaram o estupro ? segundo eles, praticado apenas pelo garoto de 14 anos, mas não impediram o abuso sexual. Para confirmar a violência, o delegado solicitou os exames de conjunção carnal. O laudo será anexado ao inquérito que será repassado ao Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente (Nucria). A vítima deverá receber assistência psicológica.
?Ela estava bastante alcoolizada e inconsciente, sem poder oferecer qualquer resistência e foi forçada a praticar o ato sexual?, comentou o delegado ao explicar que os envolvidos responderão pelo crime de estupro de vulnerável. A pena prevista é de oito a quinze anos de prisão.
O comando da Capitania Fluvial do Rio Paraná, em Foz do Iguaçu, adiantou que os suspeitos responderão criminal e administrativamente pelo caso.