Travesti é assassinado a pedradas por casal

O crime deve entrar para o grupo dos que foram cometidos em circunstâncias de homofobia

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Um travesti foi morto a pedradas na madrugada desta terça-feira na localidade de Portelinha, no bairro de Paripe, subúrbio ferroviário de Salvador (BA). O crime aconteceu próximo ao colégio Dom Pedro e a vítima, antes de ser apedrejada até a morte, foi espancada por um casal que mora na mesma região.

De acordo com a Companhia de Polícia Militar do bairro, a vítima, que ainda não foi identificada, chegou à rua Eduardo Doto, onde morava, e foi recebida com violência por um casal. Todo o espancamento e as pedradas na cabeça que culminaram com a morte do travesti foram acompanhadas por vizinhos que, logo após, chamaram a polícia.

Não foi possível prestar socorro à vítima, que morreu ainda no local. Os vizinhos relataram que o travesti sofria perseguição por parte do casal. A investigação da autoria e motivação do assassinato será feita pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O corpo segue no Instituto Médico Legal (IML) aguardando identificação.

O crime deve entrar para o grupo dos que foram cometidos em circunstâncias de homofobia. De acordo com o Grupo Gay da Bahia, em 2011 houve 266 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no Brasil. A Bahia lidera o ranking com 28 mortes no período. Na última semana, um casal de lésbicas sofreu violência em casa por parte de um vizinho e Djeane Ferreira Lima, 19 anos, foi morta a facadas.

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