Transexual é agredida e tem nome social ignorado pela policia

Melissa quebrou os pontos de um cirurgia feita recentemente

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A Secretaria de Segurança Pública vai apurar por que o nome social da transexual Melissa Hudson não foi registrado no 78º DP (Jardins), quando ela foi registrar um caso em que foi vítima de roubo e agressão.

Na madrugada de domingo (15), ela estava na compania de algumas amigas quando foi atingida por uma garrafa na cabeça, na Rua Augusta, no centro. Em seguida, foi derrubada no chão, e foi agredida com vários chutes, socos e teve o celular roubado. Por causa das agressões, ela teve pontos rompidos de uma cirurgia na face que fez em dezembro.

Melissa foi ao 78º DP na segunda-feira para fazer o boletim de ocorrência. Mas ela foi tratada como homem e em nenhum momento foi cogitada a possibilidade de as agressões terem ocorrido por causa da orientação sexual da vítima. Durante o espancamento, os agressores gritaram "traveco nojento", segundo ela.

Em novembro, o governador Geraldo Alckmin anunciou que os registros policiais passariam a ter espaços para preenchimento do nome social e para a inserção do crime, em decorrência da orientação sexual ou identidade de gênero da vítima.

Procurada, a Secretaria de Segurança Pública não respondeu aos questionamentos.

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