Chelsea Manning, presa sob acusação de vazar mais de 70 mil documentos sigilosos s militares e diplomáticos através do WikiLeaks, ganhou liberdade após passar sete anos na prisão. Quando chegou aos quartéis militares, Manning era um soldado chamado Bradley e agora poderá completar sua transição como mulher transgênero.
Agora com 29 anos, ela tentou cometer suicídio duas vezes no ano passado e fez uma greve de fome para denunciar as medidas disciplinares às quais foi submetida. Mas um ciclo devastador de depressão, medidas desesperadas e confinamento solitário terminam agora, e Chelsea poderá virar uma nova página.
Em uma rede social, ela comemorou a decisão da justiça. "Pela primeira vez, posso ver um futuro para mim como Chelsea. Posso imaginar sobreviver e viver como a pessoa que sou e finalmente posso estar do lado de fora no mundo", postou.
"A liberdade é algo com a qual costumava sonhar, mas nunca me permiti imaginá-la totalmente. Agora, a liberdade é algo que vou experimentar novamente com amigos e entes queridos depois de quase sete anos atrás das grades, de períodos de confinamento solitário e restrições aos cuidados de saúde e autonomia, incluindo a rotina forçada de cortar o cabelo.
Manning teve uma infância difícil. Após seus pais se divorciarem, mudou-se para Gales com sua mãe, que reprimia sua orientação sexual e ridicularizava seu "jeito afeminado".