Traficantes ameaçam população em bairro de Fortaleza

Os adultos são os mais temerosos, por já entenderem a real noção do perigo

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N?o posso falar nada n?o, s? se for para morrer?. A frase, de uma moradora do Conjunto S?o Miguel, na Grande Messejana, reflete o clima de medo que pode ser presenciado em conversas com comerciantes, donas-de-casas, adultos e crian?as que vivem naquela comunidade. De domingo at? ontem, tr?s pessoas morreram por conta da disputa entre gangues rivais e pelo controle do tr?fico de drogas na regi?o.

Os adultos s?o os mais temerosos, por j? entenderem a real no??o do perigo que correm. J?, as crian?as se aproximam e falam sem medo, at? que algu?m os reprima e pe?a para que eles parem. Durante a tarde de ontem, uma equipe do Di?rio do Nordeste percorreu as ruas estreitas do bairro e encontrou dificuldade em falar com as pessoas. Alguns pediam que o carro da reportagem n?o parasse em suas casas.

Temerosa, uma senhora explicou o motivo do sil?ncio. ?Depois que voc?s forem embora, eles (criminosos) podem fazer alguma coisa contra quem falar?, disse.

Tentando trazer um pouco mais de tranq?ilidade para o bairro, durante todo o dia de ontem, a Pol?cia Militar refor?ou o policiamento, com patrulhas do Batalh?o de Pol?cia de Choque (BP Choque), da Ronda de A?es Intensivas e Ostensivas (Raio) e da For?a T?tica de Apoio (FTA) da 2? Companhia do 5? Batalh?o.

Mesmo com a ocupa??o da PM no bairro, as pessoas evitam falar sobre as ?ltimas mortes. ?A gente sabe, mas n?o pode falar?, disse um comerciante. A equipe de reportagem ouviu respostas como essa v?rias vezes. Na pra?a, onde a PM reuniu o efetivo, a curiosidade fez com que muitas pessoas fossem para a rua.

De acordo com o coronel PM S?rgio Costa, que est? a frente do Comando de Policiamento da Capital (CPC), a orienta??o do Comando Geral, na pessoa do comandante, o coronel PM William Alves Rocha ? ocupar essas ?reas mais cr?ticas da cidade, onde a incid?ncia de crimes t?m sido maior.

Segundo S?rgio Costa, h? pelo menos dois meses, o Conjunto S?o Miguel tem recebido aten??o especial, com patrulhamento refor?ado tanto durante o dia, quanto a noite.

O oficial explica que por conta de den?ncias e dos ?ltimos acontecimentos na ?rea, o policiamento est? sendo direcionado, baseado nos levantamentos feitos pelo Servi?o de Intelig?ncia da PM.

?Do mesmo jeito que os bandidos s? agem quando a Pol?cia n?o est? por perto, estamos entrando quando eles menos esperam, usando o elemento surpresa?, ressaltou Costa. O oficial afirmou que as opera?es seguem o levantamento estat?stico, que indicam os hor?rios e locais de maior incid?ncia dos crimes. Para Costa, o objetivo principal das a?es ? prender quem infringir a lei.

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