O traficante carioca Carlos Eduardo Sales Cardoso, o Capilé, preso durante uma operação em Assunção, no Paraguai, foi expulso para o Brasil no início da noite deste sábado (15).
Da capital paraguaia ele seguiu para a fronteira em um avião e foi entregue às autoridades brasileiras na aduanda da Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, e levado para a Delegacia da Polícia Federal, onde aguarda transferência para o Rio de Janeiro ou para um presídio federal.
Por questão de segurança, a PF não disse quando ele deixará a fronteira e para onde deve ser levado.
Preso na manhã de sábado, o traficante tinha em casa US$ 118 mil em dinheiro, jóias e uma coleção de relógios.
De acodo com a polícia, ele era um dos chefes do tráfico de drogas na favela de Acari, na Zona Norte do Rio de Janeiro (RJ).
O sobrado no bairro Los Laureles, região de classe média alta da capital paraguaia, era monitorado por um sistema de segurança e tinha grades e cerca eletrificada.
No momento da prisão, Capilé estava com a mulher, dois filhos menores, o sogro e um amigo, suspeito de ser um de seus seguranças e pistoleiro contratado, todos também expulsos.
Considerado um dos principais chefes da facção Terceiro Comando Puro, que atua no Rio de Janeiro, o traficante era procurado havia pelo menos 10 anos.
As investigações, iniciadas em 2016, apontam que ele vivia no Paraguai há três anos, desde quando deixou Acari para acompanhar de perto os contratos que faziam para que que toneladas de drogas e armas chegassem à favela.
A operação conjunta das polícias Federal e Civil do Rio de Janeiro e da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai teve início na segunda-feira (10).
No Brasil, Cardoso tem mandados de prisão por crimes como tráfico de drogas e homicídio.
Investigações da polícia paraguaia indicam que ao menos seis facções criminosas brasileiras atuam no país vizinho, de onde enviam drogas, armas e munições para estados como o Rio de Janeiro e São Paulo.
Marcelo Piloto
No dia 19 de novembro, Marcelo Fernando Pinheiro da Veiga, o Marcelo Piloto, que estava preso em Assunção, também foi entregue às autoridades brasileiras após ser expulso do país vizinho a pedido do presidente Mario Abdo Benítez.
No mesmo dia, Piloto foi transferido para a Penitenciária Federal de Catanduvas, no oeste do Paraná, para o cumprimento da pena de mais de 26 anos de prisão a que foi condenado por latrocínio e por roubo.