Uma foto da TV Globo mostra a janela da Escola de Saúde da Marinha, no Hospital Naval Marcílio Dias, com a marca do tiro que matou a médica Gisele Mendes de Souza e Mello, de 55 anos, nesta terça-feira (10). Ela foi atingida por uma bala perdida enquanto participava de um evento no auditório.
Gisele foi socorrida e levada ao centro cirúrgico, mas não resistiu. Naquele momento, a PM realizava uma operação no Complexo do Lins, próximo ao hospital, para prender criminosos envolvidos em roubos de veículos.
O QUE DISSE A PM?
A PM informou que os agentes foram atacados por criminosos na comunidade do Gambá, mas ainda não se sabe a origem do disparo. A região do Lins é cercada por 16 comunidades e sofre com tiroteios frequentes. Peritos do ICCE e da Marinha estimam que o tiro veio de uma posição acima do 2º andar, atingindo a testa de Gisele e se alojando na nuca.
Um fragmento da arma foi recolhido, possivelmente de uma pistola. Gisele, superintendente de saúde do Hospital Marcílio Dias, estava prestes a se tornar almirante médica. Gisele se formou em medicina pela Universidade Federal do Estado do Rio (Unirio) em 1993 e se especializou em geriatria. Em 1995, ingressou na Marinha e também foi diretora do Hospital Naval de Brasília (HNBra).
MORTE NO DIA DO ANIVERSÁRIO DO FILHO
Gisele faleceu no dia em que seu filho mais novo, Daniel Mello, completava 22 anos. O universitário, que estuda Arquitetura e Urbanismo na UFRJ, prestou uma homenagem à mãe nas redes sociais.
"De coração partido, mas com fé que Deus sabe de tudo, vai em paz, mãe. Que seus guias estejam contigo!".
O outro filho, Carlos Eduardo Mello, de 31, trabalha como assessor da vereadora Mônica Cunha (Psol). Amigos contaram que ele está "arrasado".