De acordo com as estatísticas da polícia, nos últimos meses houve um aumento de 44% da violência em Teresina, o que, segundo a polícia, lhe torna, proporcionalmente, mais violenta que a capital do estado de São Paulo.
O aumento crescente se dá pelos acertos de contas entre gangues, cujo combustível são as drogas, a disputa por territórios e vingança. Outra comprovação da polícia é que a maioria dos assassinatos envolvem jovens dos 18 aos 23 anos.
Um mapa total das áreas mais vulneráveis revela que houve mortes nas zonas norte e leste e na zona sul, onde só este ano 14 pessoas foram executadas com os mesmos requintes: os assassinos chegam de moto, armados e cometem os homicídios. Providência é a palavra de ordem das famílias que não sabem o que fazer.
Em meio aos confrontos estão a população e os comerciantes, que preferem o silêncio por medo de represália. No cenário de conflitos, de acordo com a Polícia, pessoas inocentes estão sendo assassinadas, a exemplo de duas mulheres, uma na Vila da Paz e outra na Jerusalém, recentemente atingidas por balas perdidas, chegando a falecer no Hospital de Urgência de Teresina.
Uma das formas de redução em longo prazo, de acordo com a Major Elisete, é por meio do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), atuando no ambiente escolar, levando às crianças e aos adolescentes, lições de prevenção para impedir que elas ingressem no mundo das drogas e ao mundo da violência. A meta do programa, segundo ela, é chegar a todas as escolas do estado contemplando 10 mil crianças.
O saldo das apreensões da operação, segundo o coronel Felipe, será apresentado no final da semana com o encerramento dos trabalhos
?A maior parte dos casos é de pessoas que servem ao tráfico; ou na condição de traficante ou na condição de soldado do tráfico, ou na condição de usuário que está devendo ao tráfico? disse o delegado geral James Guerra ao programa Agora, da Rede Meio Norte, na tarde desta terça-feira. Segundo ele, quem é responsável pelo tráfico não participa da disputa. ?Eles têm um exército de pessoas que têm essa condição de serem usuárias ou de encomendarem mortes?, conclui.