O tenente Davi dos Santos Ribeiro, apontado como autor do disparo que matou turista espanhola Maria Esperanza Ruiz Jimenez, de 67 anos, morta após furar um bloqueio da Polícia Militar na comunidade da Rocinha, no Rio de Janeiro, na segunda-feira (23), ganhou liberdade provisória por determinação do juiz Juarez Costa de Andrade, responsável pelo caso.
O magistrado foi categórico na decisão e negou o pedido de prisão preventiva. "Forçoso reconhecer que a ordem pública não se confunde com o clamor popular. Neste contexto, se de um lado, o trágico acontecimento repercutiu nesta capital e no mundo, fato é que o custodiado estava trabalhando, possui imaculada ficha funcional, não havendo indícios de que solto possa reiterar o comportamento criminoso ocorrido à luz do dia".
O tenente, no entanto, está afastado "do exercício de policiamento ostensivo, devendo o custodiando permanecer em atividade interna de caráter eminentemente administrativa, até porque em óbvio que grita, não possui o custodiado condições psicológicas momentâneas de retornar às atividades de policiamento ostensivo".
O pedido de prisão preventiva havia sido solicitado pela Polícia Civil. A vítima, turista espanhola, foi atingida por disparos no pescoço; o homem que conduzia o veículo diz que 'não furou o bloqueio'.
Turista é morta após furar bloqueio policial na Rocinha
De acordo com a Polícia Militar do Rio de Janeiro, era realizado bloqueio na Rocinha que votou a registrar tiroteio. Ela vinha em um veículo conduzido por um italiano que reside no país há pelo menos quatro anos. Em depoimento, o homem afirmou que não furou o bloqueio, alegando não não viu e nem recebeu ordem e rapada.