Taróloga que aplicou golpe de R$ 381 mil em família é presa

Taróloga Dani, apontada como a líder da quadrilha, é suspeita de golpe de R$ 381 mil em família

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​Uma taróloga e outras duas pessoas foram presas por suspeita de darem um golpe de R$ 381 mil em uma família em Curitiba (PR). A ação deteve pela prática dos crimes de estelionato e formação de quadrilha Danielle Gaich Nicolitz, a Dani, 33 anos, o marido dela, Carlos Eduardo Yovanovich Júnior, 30 anos, e o presidente do Conselho Mediúnico do Brasil-Federação Paranaense de Umbanda e Candomblé (Cebras), Dourival Braz Simões, 61 anos.

Batizada de Orixás, a operação ocorreu na terça-feira e foi feita pela Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC). Outras duas pessoas, Cleidy Mara Yovanovich, 57 anos,

e Carlos Eduardo Yovanovich, 57 anos - sogro e sogra da taróloga, estão foragidos. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência da família Yovanovich, local onde Dani fazia as consultas espirituais, no bairro Batel, na residência de Simões e na Sede do Cebras, no centro da cidade. "Foram apreendidos diversos documentos que irão embasar a investigação", informou o delegado adjunto da DEDC, Matheus Laiola.

Segundo a Polícia Civil, Dani é considerada a líder da quadrilha. Em fevereiro, a vítima procurou a taróloga com a intenção de afastar seu filho de uma mulher. Durante várias consultas, Dani, com a ajuda do marido e dos sogros, conseguiu retirar da vítima R$ 381 mil, com a garantia de que o dinheiro iria para uma entidade localizada em Santos (SP) e que seria devolvido posteriormente. "Além de não devolver o dinheiro, Dani ainda estava exigindo R$ 54 mil para "finalizar" o trabalho. Para justificar a demora na devolução de toda o dinheiro, ela indicou Simões para a vítima. Na consulta, ele confirmou que ainda faltava o restante do dinheiro para finalizar o trabalho?, explicou o delegado.

Em razão de toda a situação, Laiola representou pelas prisões e buscas domiciliares dos envolvidos, deferidas pela juíza titular da 8.ª Vara Criminal de Curitiba. ?Restou claro que "Dani" utilizava todo o staff da sua família para lesar a vítima. Ela induziu a vítima em erro, lesando-a financeiramente, utilizando o desespero emocional para tomar dinheiro dela. Descobrimos ainda que a entidade localizada em Santos, na qual "Dani" dizia que o dinheiro estava, não existe", contou Laiola.

"Agora vamos fazer outras diligências como quebra dos sigilos bancários e fiscais, sendo que todos os veículos dos membros da quadrilha, avaliados em aproximadamente R$ 500 mil, já estão bloqueados", disse o delegado titular da DEDC, Marcelo Lemos de Oliveira.

A operação recebeu este nome em razão de que em diversas passagens das consultas realizadas por Dani há citações dos ancestrais divinizados africanos como Orixás, Exús, Pombagiras e Vó Conga.

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