Suzane Von Richthofen ficou sozinha na penitenciária feminina de Tremembé, no interior de São Paulo. Isso porque sua namorada, Sandra Regina Ruiz Gomes, foi transferida para o Centro de Ressocialização Feminino de São José dos Campos. Sandrão, como é conhecida, recebeu a progressão de regime, pleiteada em 12 de fevereiro, e se mudou nesta quarta-feira, 4. A informação foi confirmada pela Secretaria de Administração Penitenciária.
Com a transferência da namorada, Suzane deixará a ala dos chamados "celões", destinada às presas casadas, onde morava com Sandra e outras dez detentas, e voltará para a área de convivência com as outras detentas, entre elas Elize Matsunaga, presa por matar, esquartejar e esconder o corpo do marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga. Sandra e Elize teriam se relacionado antes de Suzane.
Como o período de seis meses que Suzane pediu para continuar no semiaberto terminou, ela poderá pedir novamente a progressão da pena, pois já havia conquistado o benefício. Em agosto do ano passado, quando poderia deixar a prisão para trabalhar, ela preferiu ficar no regime fechado alegando que lá teria mais segurança.
De acordo com a SAP, com a progressão, Sandra poderá sair durante o dia para trabalhar e dormir à noite na prisão, ou então trabalhar no próprio centro de ressocialização, que oferece atividades profissionais para as presas. Antes disso, ela terá de passar pelo Regime de Observação, quando será avaliada para saber se pode mesmo conviver no semiaberto.
Com a transferência, Sandra retorna à mesma prisão de onde foi expulsa em 2010, após agredir um agente prisional. Ela já cumpria pena no semiaberto, mas por causa agressão havia retornado para o fechado.
De acordo com a SAP, a capacidade do CR é para 183 presas e está com 156.
Sandra cumpre pena de 24 anos por sequestro seguido de morte e Suzane, de 39 anos - 12 deles já cumpridos - por ter matado os pais.