As 11 pessoas que foram presas por suspeita de fraude no vestibular de medicina do Centro Universitário de Maringá (Cesumar), no norte do Paraná, pagaram fiança de R$ 2 mil cada, e foram liberados nesta segunda-feira (30). A informação foi confirmada pelo delegado Leandro Muniz, que investiga o caso.
Os suspeitos foram flagrados pela organização do concurso com pontos eletrônicos e celulares escondidos pelo corpo. Os aparelhos foram identificados por detectores de metal que estavam instalados em alguns pontos da instituição, como nos banheiros, e os envolvidos foram encaminhados a uma delegacia de Maringá.
A investigação, de acordo com Muniz, ainda procura pistas de quem teria repassado os celulares aos candidatos. ?Todos apresentaram descrições diferentes, cada um fala uma versão. Eles devem ser orientados a não falar nada, essas descrições não devem ser reais?, afirmou o delegado. Questionado se o esquema pode ter relação com outra fraude semelhante, ocorrida na Uningá em 2011, o delegado afirmou que ainda é prematuro estabelecer essa ligação.
Muniz também apurou que o nenhum dos candidatos efetuou pagamento aos fornecedores dos celulares. ?O serviço seria pago depois que eles fossem aprovados?, explicou o delegado, que disse que os aparelhos apreendidos continham diversas respostas referentes ao gabarito do concurso.
Este foi o primeiro vestibular de medicina do Cesumar, e a concorrência chegou a mais de 24 candidatos por vaga. O valor da mensalidade é de R$ 4.446. Em nota, o centro universitário informou que alguns dos candidatos envolvidos na fraude são dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Minas Gerais. O resultado do vestibular será mantido, pois, segundo o centro universitário, os estudantes não chegaram a fraudar as provas.
Todos os candidatos que foram presos vão responder a processo por fraude em concurso.