Dois acusados de terem participado do estupro de uma garota de 17 anos, em uma casa noturna de Santos foram soltos na noite desta sexta-feira (5). O advogado de defesa conseguiu na Justiça uma revogação na ordem de prisão.
Os suspeitos haviam se apresentado à polícia na segunda-feira (1) e como existia um pedido de prisão temporária dos dois, ficaram presos na cadeia do 5° Departamento de Polícia. Na ocasião, os acusados disseram que não tinham participação no crime.
O principal suspeito do crime, que trabalhava na casa noturna como segurança, se apresentou na delegacia também na sexta-feira. O segurança depôs por cerca de uma hora. A menor violentada e uma amiga foram à delegacia e reconheceram o acusado.
Depois do depoimento, o acusado foi para o Instituto Médico Legal (IML), onde foi coletado sangue para comparação genética com o material encontrado na roupa da menor. O segurança não pode ser preso por causa da lei eleitoral, que proíbe prisões dias antes e depois das eleições municipais, que acontecem neste domingo (6).
O acusado afirma que não participou do estupro e que o resultado do laudo do IML irá provar sua inocência. Para a delegada Deborah Perez Lázaro, o inquérito está praticamente concluído, faltando apenas o resultado do laudo do IML, que deverá apontar a participação dos três acusados no caso.
Caso
Uma garota de 17 anos sofreu acusa três rapazes de estuprá-la dentro de uma casa noturna na madrugada do dia 9 de setembro, em Santos, no litoral de São Paulo. Os exames do Instituto Médico Legal (IML) foram divulgados no dia 11 de setembro mostraram que houve violência sexual. A adolescente acusa um segurança de uma casa noturna no Centro Histórico da cidade pelo crime.
Segundo o relato da menor à polícia, ela teria feito contato com um dos seguranças do local ao passar mal durante a balada, que se prontificou a levá-la para uma enfermaria. Segundo o boletim de ocorrência, a menor teria sido encontrada dentro de um banheiro para deficientes físicos dentro do estabelecimento, com a calça abaixada e sentindo dores. A adolescente foi removida de ambulância do local para um pronto-socorro.
No dia 10 de setembro, dois dias após o ocorrido, a Prefeitura de Santos suspendeu o funcionamento do estabelecimento devido a irregularidades apontadas em vistoria feita pela Secretaria Municipal de Economia e Finanças. Segundo o órgão municipal, o estabelecimento solicitou em sua documentação alvará de funcionamento para atividade de bar, mas estava exercendo, na prática, a atividade de casa noturna. O estabelecimento só voltará a funcionar após regularizar a documentação junto à prefeitura.