O delegado Paulo Henrique Nabuco, responsável pelas investigações da morte da menina Gabriela Nunes de Araújo, assassinada com um tiro na cabeça em Rio Claro, a 173 km de São Paulo, disse que o homem preso nesta quinta-feira (18) por suspeita de participar do crime foi o responsável pelo disparo que atingiu a menina. O caso ocorreu no dia 19 de maio e foi testemunhado pela babá e a irmã gêmea da vítima. Um adolescente foi detido poucos dias depois.
?Ele entrou junto com o adolescente para fazer o assalto e foi ele, para mim, quem efetuou os disparos contra a menina?, disse o delegado sobre o segundo preso. De acordo com a polícia, o suspeito de 18 anos confirmou ter participado do assalto, mas negou ter atirado.
O adolescente detido logo após o crime havia confessado ser o autor do disparo, mas a polícia acredita que ele esteja mentindo. Desde o início da investigação, a polícia trabalhava com outra possibilidade, baseada nas informações da principal testemunha do crime, a babá de Gabriela. Ela reconheceu o suspeito por fotografia, mas a polícia mantinha essa informação em sigilo.
De acordo com a babá, na hora do disparo, o adolescente estava do seu lado desligando o alarme da casa, enquanto o suspeito de 18 anos estava com as crianças. ?Se a empregada estava ao lado do adolescente quando aconteceu o disparo, ele [o suspeito de 18 anos] estava com as crianças em outro cômodo?, concluiu o delegado.
O homem foi preso em um conjunto habitacional na periferia de Rio Claro. Ele estava no apartamento de parentes e tinha um rádio de comunicação sintonizado na frequência da Polícia Militar. Durante a tarde, ele foi transferido para a penitenciária de Itirapina, a 212 km de São Paulo.
No dia do crime, que completa um mês nesta sexta-feira (19), os dois assaltantes escalaram um muro de três metros, passaram por uma cerca elétrica e por câmeras de segurança para chegar à casa da família. Mesmo com a prisão dos dois, a investigação ainda não foi concluída.