A Polícia Civil divulgou nesta quarta-feira (28) um novo retrato falado do suspeito de matar o coordenador do AfroReggae, Evandro João da Silva. O homem está sendo procurado e, segundo a polícia, a imagem foi feita com base nas informações de Rui Mário Mauricio Macedo, o "Romarinho", que já confessou ter participado do crime e está preso.
O crime aconteceu no dia 18, na Rua do Carmo, esquina com Rua do Ouvidor, no Centro e está sendo investigado pela 1ª DP (Praça Mauá).
A polícia já havia divulgado um outro retrato falado feito com base nas informações dos dois policiais presos preventivamente. Eles são acusados de ficar com o tênis e o casaco do coordenador e de não prestar socorro à vítima.
Depoimento nesta quarta-feira (28)
Os dois devem comparecer à delegacia ainda nesta quarta-feira (28) para fazer o reconhecimento de Romarinho. Eles tiveram a prisão preventiva decretada na última sexta-feira (23).
Advogado defende PMs
Na terça-feira (27), o advogado José Haroldo dos Anjos, que representa o capitão Dênis Bizarro, negou que os policiais tenham ficado com os pertences da vítima após o crime.
De acordo com o advogado, os suspeitos, conhecidos como "Romarinho" e "Renge", não estavam com os pertences da vítima quando foram abordados pelos policiais. Os dois foram liberados após afirmarem que eram moradores de rua.
O advogado ressaltou ainda que os policiais encontraram o tênis e o casaco a três metros do local onde os suspeitos foram abordados. Eles teriam jogado fora os pertences porque pensaram que eram dos supostos moradores de rua.
José Haroldo dos Anjos disse ainda que, ao serem informados de que uma pessoa havia sido baleada, eles retornaram ao local mas não conseguiram localizar a vítima.
Os policiais já haviam informado que não viram a vítima durante buscas realizadas na região.
O advogado ressaltou ainda que vai arrolar como testemunhas o coordenador do AfroReggae, José Júnior, assim como o suspeito preso na segunda.
Suspeito admite crime
O suspeito de matar o coordenador do AfroReggae admitiu, em depoimento prestado nesta terça-feira que participou do crime, mas não foi responsável pelo disparo.
No depoimento, ele admitiu ter sido o primeiro a abordar a vítima, mas disse que o disparo foi feito pelo cúmplice, que ainda está foragido.
O suspeito também contou que entregou a jaqueta roubada nas mãos de um policial e que a arma do crime foi jogada em uma lixeira.