O segurança Eduardo Sousa Pompeu, de 47 anos, acusado de matar com um golpe de faca o empresário Dácio Múcio de Souza Junior, de 29, se apresentou no fim da noite de ontem à polícia. Ele foi prestar esclarecimento no 77º Distrito Policial (Santa Cecília) sobre o assassinato ocorrido na madrugada de domingo após uma discussão na padaria Dona Deôla, em Higienópolis, região central de São Paulo. No fim da tarde, a polícia já havia pedido a prisão temporária de 30 dias do segurança.
A Justiça deve decidir
À tarde, a advogada de Pompeu, Adriana Ueda, disse que estava convicta de que seu cliente responderia à acusação em liberdade. "Vou levá-lo à polícia para que ele possa esclarecer a verdade sobre tudo o que aconteceu. Tenho certeza de que ele vai responder a esse processo em liberdade", disse a advogada, antes da apresentação de Pompeu. Adriana também disse à polícia que o segurança agiu em legítima defesa. "O empresário entrou na padaria, pegou uma faca e tentou atingir meu cliente, que apenas se defendeu da agressão", relatou Adriana.
Segundo versão de testemunhas, Souza Júnior teria ido à padaria para tirar satisfação sobre uma suposta ofensa sofrida por sua irmã, Nathalia Curti de Souza, de 20 anos. Após uma discussão, Pompeu deu uma facada em seu abdome e fugiu. O empresário chegou a ser levado para o Hospital Samaritano, que fica em frente ao local do crime, mas morreu.
O porta-voz do Grupo Europa classificou nesta quarta-feira como "fantasiosa e tão absurda quanto o próprio crime" a versão apresentada pela defesa do segurança Eduardo Soares Pompeu de legítima defesa. Ele é acusado por testemunhas de ter matado o empresário Múcio de Souza Filho na madrugada do último domingo em frente à padria Dona Deôla, em um bairro nobre de São Paulo.