Na sexta-feira, dia 01 de abril, um policial militar identificado apenas como Ivan Borges de Lima, de 31 anos, natural de Batalha, no Piauí, morreu em uma troca de tiros com assaltantes em uma empresa de ferragens localizada em Palmas, no estado de Tocantins. Ainda durante o confronto, os dois criminosos morreram.
Um fato aparentemente inusitado intrigou os moradores do município e gerou polêmica nas redes sociais. Isso porque o corpo de Lucas Lustosa, de 18 anos, que foi um dos suspeitos morto no assalto foi velado na Câmara Municipal de Barrolândia.
O presidente da câmara, vereador Paulo Valdeis Soares, disse que liberou a casa para que o velório ocorresse após um pedido do pai do acusado. “O rapaz morto é filho de uma família tradicional na cidade, quando pai dele me pediu não tive como recusar porque é uma família que não tem culpa e são muito queridos”, declarou.
O vereador disse ainda que o caso gerou revolta em muitos populares, mas que preferiu atender o pedido do pai. “O que fiz também teve opiniões positivas, porque conhecem a família. Ele infelizmente acabou escolhendo o caminho errado e deu no que deu”, disse o parlamentar.
A Federação dos Praças Militares do Estado do Tocantins, que representa os policiais de todo o Estado enviou uma nota de repúdio sobre a ação da Câmara afirmando que eles “abriram as portas para velar um jovem suspeito de matar o policial militar Ivan Borges de Lima” e isso seria uma inversão de valores.