Nilton da Silva, de 27 anos, principal suspeito de matar a facadas a ex-mulher, Débora Bittencourt Chaves, de 32 anos, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, ainda não retornou ao sistema penitenciário. Nilton cumpre pena em regime semiaberto por tráfico de drogas e extorsão, porém, a polícia encontra dificuldades para localizá-lo por que a tornozeleira que ele usa encontra-se desligada.
De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), no momento, o monitoramento de presos através de tornozeleiras eletrônicas não está funcionando. Isso por que o governo do estado não pagou a dívida com a empresa responsável pela manutenção do serviço. A Seap informou, em nota, que "vem se esforçando para cumprir o seu compromisso junto aos fornecedores e restabelecer o mais rapidamente possível o serviço prestado".
Débora foi morta dentro de casa, com cinco facadas, duas horas depois de deixar a 37ª DP (Ilha do Governador). Ela teria ido à delegacia, junto com o ex-marido, prestar queixa após vizinhos denunciarem que ela estava sendo espancada por Nilton. Logo em seguida, os dois foram liberados. A corregedoria da Polícia Civil está investigando se houve infração disciplinar por parte dos funcionários da delegacia que atenderam a mulher.
Familiares da vítima relataram que o agressor não se conformava com a separação e era violento. O primeiro registro, por lesão corporal, foi feito no dia 2 de junho. No entanto, as medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha foram negadas pela Justiça. Após outra agressão, no dia 4 de julho, o 6º Juizado de violência Doméstica determinou que ele deveria manter distância de cem metros, contudo, a vítima foi notificada apenas um dia antes de morrer. O tribunal de Justiça confirmou que Nilton não foi encontrado e nunca chegou a ser comunicado.