A jovem identificada como Ana Paula Trajano, que foi assassinada a facadas pelo namorado dentro do hospital que trabalhava em Cubatão, São Paulo, já tinha dito para colegas de trabalho que o acusado, Edson Batista da Silva, de 36 anos, era muito ciumento e instável.
Segundo informações da polícia, o suspeito cometeu o crime porque não aceitava o fim do relacionamento. Ana Paula teria dado um ponto final na relação no mesmo dia que foi morta.
Edson Batista foi preso por policiais militares do 2º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep). Na delegacia, ele confessou o crime e relatou que se ela não fosse dele, não seria de mais ninguém.
Em entrevista à TV Tribuna, a técnica em enfermagem Elaine Fernandes afirmou que viu a vítima e o suspeito conversando pouco antes de ele esfaqueá-la, mas nunca pensou que ele seria capaz de fazer aquilo. "Ele estava com o rosto vermelho, como se estivesse irritado com algo, mas falando baixinho. Como a gente sabia que era namorado dela, achamos que era [uma conversa] normal", afirma.
A técnica em enfermagem Lídia Dantas relatou que a vítima já havia reclamado do jeito do namorado a elas. "Ela começou a se queixar que ele era uma pessoa instável, era muito ciumento, que ficava achando que ela tinha alguém, e infelizmente deu no que deu. É lamentável. Está todo mundo sem chão, a gente jamais esperava que isso iria acontecer", afirma.
As colegas de trabalho de Ana ainda relataram que Edson parecia ser uma pessoa tranquila. A irmã da vítima, Vanessa Trajano, afirmou que a família está se sentindo impotente diante do ocorrido, e que a irmã não tinha se aberto sobre o jeito do então namorado. "É isso que mata, quem passa por isso não se abrir, não falar nada. A gente não tem como ajudar, aí, no final, o que acontece é isso", lamenta.