Policiais da Divisão de Homicídios (DH) prenderam no início da noite desta quinta-feira (3) um suspeito de ter estuprado e matado a menina Rebeca Miranda de Carvalho, de 9 anos, no sábado (28), na Rocinha, na Zona Sul do Rio, como mostrou o RJTV.
De acordo com a polícia, Elder Marinho, de 22 anos, tem pelo menos uma passagem por estupro no Ceará. Ele foi preso na favela de Rio das Pedras, em Jacarepaguá, na Zona Oeste, com o celular da vítima. Nesta sexta-feira (4), a DH vai pedir a prisão temporária do suspeito por 30 dias. O homem confessou o crime e, por volta das 21h, prestava depoimento na delegacia.
?Para mim é um alívio. Foi feita Justiça. Ligaram para um amigo que nos passou a notícia?, disse a mãe da menina, Maria Miranda.
Manifestação
Moradores da favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio, fizeram por volta das 18h desta quinta-feira um protesto contra a morte da menina e comemoraram ao receber a notícia, interrompendo o ato. A criança foi vítima de abuso sexual de acordo com o laudo do Instituto Médico Legal (IML).
?Nos reunimos com o Freixo [deputado estadual] e a comissão de Direitos Humanos da Alerj ficou de ajudar tanto quanto no caso do Amarildo. Esse protesto vai causar um pouco de transtorno mas é pra chamar a atenção da sociedade pra Rocinha?, disse William de Oliveira, membro conselho estadual de Direitos Humanos.
Carregando diversas faixas, os manifestantes chegaram a fechar a Autoestrada Lagoa-Barra, sentido Barra da Tijuca. ?É a primeira. Faremos protestos até que achem o culpado. Ou cairá no esquecimento e acontecem outras vezes?, afirmou João Bosco Barros, primo da menina Rebeca.
Como foi o crime
Rebeca foi encontrada morta em um barranco, a 50 metros da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha. Os moradores dizem que os policiais da UPP não fazem mais patrulhamento nos becos da favela desde o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo, há pouco mais de dois meses. Segundo a polícia, o caso do pedreiro deve ser concluído nos próximos dias, mas o governador Sérgio Cabral nega que a tropa tenha recebido orientação para não policiar os becos.
A vizinha que encontrou o corpo de Rebeca disse que ela estava coberta com telhas e que reconheceu o chinelo que a menina estava usando.