A família da socorrista de 26 anos que teve morte cerebral após ser atropelada pelo ex-namorado em Jacupiranga, na região do Vale do Ribeira, interior de São Paulo, se surpreendeu com o ocorrido. Para a sobrinha da vítima, o agressor é definido como "um monstro" e "um psicopata". Eles querem justiça.
O caso ocorreu na última sexta-feira (12), mas a morte cerebral da jovem Jéssica Trianoski foi constatada na segunda-feira (15). Ela foi gravemente ferida quando estava a caminho do trabalho. O atual namorado e o sogro dela flagraram a ação. Os três foram surpreendidos por um carro em alta velocidade, que a atingiu.
O veículo era conduzido pelo ex-namorado dela, Marcos Magno da Cunha Moraes, que está foragido desde então. "Ele aparentava ser uma pessoa muito boa, tratava ela bem na nossa frente. Fazia tudo por ela", contou a sobrinha de Jésssica, Seliane Trianoski Paulo, em entrevista. A família se surpreendeu com a atitude.
"Por trás dessa pessoa, tinha um monstro que a gente não conhecia. É um monstro. Para mim, é um monstro, um psicopata, e ele vai pagar pelo que fez", disse Seliane. Segundo ela, sua prima, filha da tia atingida pelo carro, está desnorteada. "A filha dela (Jéssica) o tinha (Marcos) como um pai. Ela está desesperada", contou.
Marcos é procurado pela polícia do Vale do Ribeira desde o ocorrido. Após o atropelamento, ele abandou o carro utilizado no crime no entorno da cidade. O veículo apresenta danos, como o parabrisa quebrado, por conta do impacto. O atual namorado dela disse que, ao ser atingida, Jéssica "parecia um boneco voando".
Crime
Jéssica Trianoski é socorrista e foi ferida após sair da casa do atual namorado, a caminho do trabalho. O namorado e o sogro flagraram a ação. Os três foram surpreendidos por um carro em alta velocidade, que a atingiu. As testemunhas conseguiram ver quem era o motorista, antes dele fugir.
O condutor foi identificado como Marcos, que manteve um relacionamento com Jéssica por aproximadamente dois anos. Há seis meses, entretanto, eles estavam separados, segundo os familiares. Parentes da vítima disseram à polícia que ele a ameaçava, justamente por ter encerrado o namoro.
A vítima foi socorrida ao hospital local e permanece internada desde então. Nesta segunda-feira, os médicos que a acompanham constataram que ela teve morte cerebral. O caso está registrado no 1º Distrito Policial de Jucupiranga, onde tudo aconteceu.