A apreensão de duas motos, ontem, levou a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito
(Strans) a identificar um esquema de clonagem de motocicletas usadas como mototáxi. A informação é do coronel Adonias Amorim, diretor de transportes da Strans. Segundo ele, a clonagem parte de uma falsa comunicação de roubo.
De acordo com o coronel, a clonagem ocorre da seguinte forma: o dono da motocicleta verdadeira aluga
a moto para outra pessoa, e essa mesma pessoa alega que a moto e a permissão foram roubadas, sem que isso tenha acontecido. Em seguida, procura-se um distrito policial para registrar boletim de ocorrência. Com o B.O. em mãos, o dono da moto procura a Strans e obtém, dessa forma, a segunda via da permissão de mototaxista.
?Depois eles pintam de amarelo uma moto roubada, com a mesma identificação da moto verdadeira.
Com a segunda via da permissão e o B.O. em mãos, fica muito mais fácil passar pelas blitze com motos roubadas. Acredito que essas motocicletas estejam sendo utilizadas em práticas de delitos?, disse Amorim.
Três pessoas foram encaminhadas à Polinter por envolvimento na fraude. As motos apreendidas foram
levadas à central de flagrantes. A Strans está intensificando o trabalho de fiscalização nos pontos de
táxi e mototáxis da cidade. A operação está sendo realizada de maneira conjunta e conta com a parceria da Rondas Ostensivas de Naturezas Especiais (Rone) e da Polícia Militar.
O coronel ressaltou que mototaxistas não podem alugar suas motos. ?O que o mototaxista pode fazer, no máximo, é repassar a moto para um segundo operador, devidamente cadastrado junto a Strans.