O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve julgar ainda nesta sexta-feira (21) o pedido de liberdade para o médico Roger Abdelmassih. Ele é acusado de estuprar 56 mulheres e está preso desde segunda-feira (17) no 40º Distrito Policial, na Zona Norte de São Paulo.
O advogado do acusado, José Luís de Oliveira Lima, entrou com pedido habeas corpus no STJ na quinta-feira (20), um dia após o Tribunal de Justiça de São Paulo indeferir um pedido de liberdade provisória impetrado no início da semana.
Ainda antes da divulgação da sentença, o defensor já havia afirmado a inocência do cliente. Para Oliveira Lima, a prisão foi ?manifestamente ilegal?.
Abdelmassih teve o registro da profissão suspenso por tempo indeterminado. A medida foi tomada pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), após reunião com os integrantes do órgão na terça-feira (18).
A Clínica e Centro de Pesquisa Abdelmassih, por meio de nota divulgada nesta quarta (19), afirmou que mantém padrões éticos e legais nos procedimentos médicos realizados em suas pacientes. O centro médico é gerenciado por Abdelmassih, que tem 65 anos.
O médico também é investigado por suposta manipulação genética. Ele foi indiciado em junho pela Polícia Civil, sob suspeita de estupro e atentado violento ao pudor. O Cremesp abriu 51 processos ético-profissionais contra o profissional.