Com um saldo de 31 pessoas mortas, a região metropolitana de São Paulo teve o fim de semana mais violento desde que se iniciou a onda de crimes, em outubro.
As mortes foram registradas entre a noite de sexta e o início da noite de ontem. Nos dois finais de semana anteriores, as mortes chegaram a 12 e a 20.
A maior parte dos casos tem autoria desconhecida. Outros ocorreram em troca de tiros com policiais ou em confronto com PMs à paisana.
Em Parelheiros (zona sul), seis pessoas ficaram feridas numa sequência de ataques cometidos por atiradores em uma moto, na tarde de sábado. Elas estavam na rua, em três endereços diferentes, e foram atacadas num período de 15 minutos.
Um agricultor de 35 anos foi a sétima vítima na região, às 19h. Ele foi baleado em seu sítio. O irmão da vítima disse à polícia que ele não tinha inimigos nem recebeu ameaças.
No Campo Limpo, também na zona sul, houve ataque às 21h de anteontem. Uma pessoa morreu.
Na zona leste, três pessoas foram baleadas na esquina da rua Edimburgo e da avenida Cangaíba. Uma não resistiu aos ferimentos. Em Perus, na zona norte, um motociclista foi morto.
Desde a noite de sábado, houve mortes com características de execução em Guarulhos, Itapevi e Diadema.
Em 18 dias, a região metropolitana registrou ao menos 191 vítimas de homicídio, numa média de 10,6 mortes por dia. Até setembro, a média diária era de seis mortes.
Questionado ontem sobre os novos casos de violência, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) elogiou a polícia. "É preciso ter confiança na nossa polícia. Já enfrentamos outros problemas de organizações criminosas no passado e a polícia venceu", disse.
Ele também citou o acordo firmado com o governo federal para combater o crime, que será assinado hoje com o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça).