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SP: PM que matou trabalhador que corria para pegar ônibus responde em liberdade

Policial que matou jovem negro que corria para pegar ônibus em SP responderá por homicídio em liberdade

Fábio Anderson Pereira de Almeida e Guilherme Dias Santos Ferreira | Foto: Reprodução/g1
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Guilherme Dias Santos Ferreira, de 26 anos, foi assassinado enquanto corria para pegar um ônibus ao sair do trabalho, na última sexta-feira (4), em São Paulo. O principal suspeito do crime é o policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida. O agente chegou a ser preso, mas pagou fiança de R$ 6,5 mi. 

A vítima, baleada com um tiro na cabeça, carregava uma carteira, um celular, um livro e uma marmita. Guilherme trabalhava há três anos como marceneiro com a fabricação de camas e baús.

O QUE MOTIVOU O CRIME?

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), ao reagir a uma tentativa de roubo, o policial confundiu Guilherme, um jovem negro, com um assaltante.

Só porque é um jovem negro, preto e estava correndo para pegar o ônibus, [ele] atirou. O que é isso? Que mundo é esse? Era o único jovem preto que estava no meio e foi atingido. A gente quer esse policial na cadeia, ele tem que pagar. Está solto, pagou a fiança que, para ele, não é nada, desabafou Sthephanie dos Santos Ferreira Dias, esposa de Guilherme, à TV Globo.

O QUE DIZ A POLÍCIA?

Em nota, a SSP informou que “o PM reagiu a uma tentativa de roubo praticada por um grupo de motociclistas efetuando disparos para dispersar os suspeitos. Na sequência, ainda no local, o policial viu um homem se aproximando e atirou novamente. O homem, no entanto, não tinha relação com a ocorrência”.

Ainda de acordo com a pasta, “o policial foi autuado por homicídio culposo, pagou fiança estabelecida nos termos do artigo 322 do Código de Processo Penal (CPP) e responderá ao processo em liberdade”. O caso é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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