O número de pessoas que já morreram durante a Operação Escudo, realizada na Baixada Santista, no litoral de São Paulo subiu para 16, nesta quarta-feira (02), conforme dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado. A ação policial teve início na última sexta-feira (28) após o Policial Militar Patrick Bastos Reis, da equipe Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), ter sido morto, na última quinta-feira (27), durante patrulhamento.
Segundo informações da Polícia, as duas novas mortes aconteceram em Santos e ainda estão sem identificação. Uma ocorreu, durante a madrugada, na Rua Três, no Morro da Penha. Junto com o suspeito, a polícia apreendeu arma, drogas e apetrechos do tráfico. A segunda morte confirmada foi de um suspeito baleado na terça-feira (1) na Rua Engenheiro José Garcia da Silva, no bairro Jabaquara.
A Secretaria de Segurança Pública informou que todos os casos estão sendo investigados pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) de Santos e pela Polícia Militar, por meio de Inquérito Policial Militar (IPM).
Ao todo, 58 pessoas foram presas na Operação Escudo na Baixada Santista, entre os dias 28 de julho e 1 de agosto. Outros quatro adolescentes foram apreendidos por tráfico de drogas. Até esta terça-feira (1) a polícia apreendeu 385 quilos de entorpecentes e 18 armas, entre pistolas e fuzis.
Entenda o caso
Entenda o caso
Dois policiais militares foram alvejados por tiros nas proximidades do túnel da Vila Zilda, em Guarujá, litoral de São Paulo na última quinta-feira (27). Patrick Bastos Reis foi atingido no tórax e não resistiu aos ferimentos, vindo a óbito no Pronto Atendimento da Rodoviária (PAM). O outro policial sofreu um ferimento na mão esquerda e foi levado para um hospital na região.
A morte do policial Patrick Bastos Reis gerou uma grande mobilização policial no litoral, despertando forte comoção entre os agentes. A operação, que contou com a participação de 600 agentes das equipes especializadas das polícias Civil e Militar da região litorânea de São Paulo, foi realizada com o objetivo de capturar o suspeito responsável pelo crime. O suspeito foi finalmente detido na Zona Sul de São Paulo.
A operação já é considerada a mais letal do estado de São Paulo desde os "crimes de maio" de 2006, quando as forças de segurança reagiram aos ataques do Primeiro Comando da Capital (PCC) e mataram ao menos 108 pessoas, segundo a Defensoria Pública.