Um agente socioeducativo suspeito de gravar vídeos íntimos de colegas servidoras, enquanto elas usavam o banheiro, foi indiciado pela Polícia Civil em Brasília. Rafael Oswaldo de Carvalho Arantes instalou uma câmera escondida no cômodo e armazenou centenas de fotos e de vídeos das vítimas. As informações são do jornal Metrópoles.
Ao cumprir mandados de busca e apreensão na residência do homem, na terça-feira (8), agentes da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) apreenderam ma arma de fogo, munições e aparelhos eletrônicos, como HDs externos, onde os vídeos podem ter sido armazenados. Os objetos serão encaminhados para perícia técnica.
Rafael Oswaldo de Carvalho foi indiciado pelos crimes de registro não autorizado de intimidade sexual e perseguição — após ser descoberto por uma colega, passou a perseguir a vítima.
A Polícia declarou que, apesar de haver elementos probatórios suficientes, as investigações continuam com objetivo de encontrar novas mulheres que podem ter sido alvo do suspeito.
SUGERIA QUE COLEGAS TOMASSEM BANHO NO TRABALHO
Segundo uma servidora relatou ao Metrópoles, o homem costumava sugerir que as funcionárias tomassem banho no local. “Ele dizia que ficaria no nosso lugar para que pudéssemos usar o banheiro. Foram realizados mais de 140 vídeos, os quais, inclusive, mostram que ele se masturbava enquanto assistia ao conteúdo”, detalhou.
Desconfiada das atitudes do colega, uma das vítimas descobriu a câmera instalada no banheiro e aguardou o momento em que Rafael Oswaldo de Carvalho foi recolher as imagens.
SERVIDOR FOI AFASTADO DO CARGO
Em período probatório do concurso, o homem foi afastado por 60 dias, para que as investigações internas sigam através de sindicância conduzida pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Seju).
Em nota, a pasta informou ter tomado conhecimento do caso através da direção da Unidade de Internação de São Sebastião, e a ocorrência foi imediatamente comunicada às autoridades competentes.
Internamente, a Sejus informou que faz uma vistoria minuciosa em todas as unidades de internação e pontou que instaurou um processo administrativo para investigar a conduta do servidor, que deve permanecer afastado durante a investigação do caso.