Um servidor da Assembleia Legislativa de Goiás está sendo investigado por aplicar golpes em usuários do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). O homem, de 37 anos, se passava por despachante, e as vítimas pagavam ao suspeito para quitar débitos. O prejuízo chega a R$ 50 mil.
COMO ACONTECIAM OS GOLPES?
Felipe Alexsandro Evangelista usava seu cargo público para enganar as vítimas e arrecadar dinheiro delas com mais facilidade. Ele afirmava que poderia quitar débitos de multas, IPVA e outros encargos, mas, na verdade, se apropriava ilicitamente dos valores recebidos, sem realizar nenhuma quitação no Detran.
O golpista trabalhava no gabinete do deputado estadual Wagner Neto há três meses. A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) informou que Felipe Alexsandro foi exonerado de suas funções após ser preso pela Polícia Civil de Goiás.
OPERAÇÃO
A Operação Farsante foi realizada pela 20ª Delegacia Distrital de Polícia de Goiânia/1ª DRP e apurou que o suspeito praticava o crime desde 2021. Ele pode responder por estelionato consumado, a pena varia de 1 a 5 anos, mas pode ser prolongada por conta da quantidade de vítimas.
"Ele engana as vítimas, conseguia o dinheiro e depois sumia. Conseguimos constatar mais de 10 números telefônicos ligados ao suspeito. Ele pode responder por estelionato consumado, a pena varia de 1 a 5 anos, mas pode ser aumentada devido à quantidade de vítimas”, explicou o delegado Fernando Martins à TV Globo.
Uma das vítimas teve um prejuízo de R$ 12 mil. Segundo a Polícia Civil, o servidor chegou a mostrar um documento falso que indicava que a dívida estava quitada. A polícia estima que ele causou um prejuízo de cerca de R$ 50 mil a quatro vítimas. O Detran disse que tem contribuído com a Polícia Civil, assim como a Alego.