Detentas iniciam motim em Pedrinhas após dois dias sem água; Nota da Sejap

Presas atearam fogo em colchões e tentaram quebrar grades, diz Sejap. Imagens mostram presas levando baldes de água para dentro da unidade.

Detentas enchem baldes com água em Pedrinhas | Reprodução/Internet
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Detentas da Penitenciária Feminina do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, iniciaram um motim na manhã deste sábado (19), segundo a Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) do Maranhão.

Por telefone, a secretaria informou que o motim começou porque a unidade prisional estaria sem água desde quinta-feira (17). Revoltadas, as detentas teriam ateado fogo em colchões, tentado quebrar grades e cadeiras e ameaçado matar outras presas.

De acordo com a secretaria, homens do Grupo de Escolta e Operações Penitenciárias (Geop) entraram no local e controlaram o motim. A imprensa não foi autorizada a entrar para fazer imagens do interior da unidade prisional.

No entanto, imagens registradas por volta de 9h30 deste sábado (19), na área externa da Penitenciária Feminina, que fica dentro do complexo, mostram um grupo de detentas enchendo baldes com água.

Às 11h31, a Sejap enviou nota à imprensa informando que o problema da falta de água já teria sido solucionado por técnicos que ficam de plantão 24h para atender o sistema penitenciário e que o problema foi ocasionado devido à queima de uma bomba hidráulica. Leia a íntegra da nota da Sejap abaixo:

A Secretaria de Estado da Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) informa que foi contido o início de tumulto promovido por detentas do Presídio Feminino, em São Luís, e ocorrido na manhã deste sábado (19).

Esclarece que o problema de interrupção no fornecimento de água naquela unidade, e que gerou toda a confusão, já foi solucionado por equipe de técnicos que fica de plantão 24 horas para atender ao sistema penitenciário. A causa foi uma pane elétrica que provocou a queima da bomba hidráulica.

A Sejap investiga as causas da pane, já que o mesmo problema foi detectado na quinta-feira (17), quando os técnicos também providenciaram a imediata troca do equipamento.

Enfermeira detida

A secretaria informou também que suspeita de que a revolta das presas esteja relacionada ao caso da enfermeira Gisele da Silva Pacheco, de 33 anos, que foi detida após tentar entrar com quatro celulares na penitenciária feminina, na manhã da última quinta-feira (17). Ela foi afastada do cargo e levada para a Delegacia da Vila Embratel, em São Luís, onde foi autuada em flagrante.

O Presídio Feminino de Pedrinhas tem capacidade para 204 presas e abriga, atualmente, 140 detentas.

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