SE: PM suspeito de matar 3 em hospital para vingar irmão se entrega

Quando seu irmão morreu, segundo o governo de Sergipe, “Genilson se desesperou”

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O tenente da Polícia Militar de Sergipe Genilson Alves de Souza, suspeito de matar três pessoas no maior hospital público do Estado na noite de sexta-feira, se apresentou no início da tarde deste sábado, junto ao irmão e soldado da PM, Jean Alves de Souza, na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ele foi interrogado pela delegada Thereza Simony após o registro do triplo homicídio nas instalações do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). O soldado prestou depoimento e, segundo a delegada, também poderá ser indiciado, se for comprovado que contribuiu com as execuções.

Até o momento, a polícia apurou que Genilson é o autor de três assassinatos. Antes, outro irmão dele, Jailson Alves de Souza, teria se envolvido em um tiroteio na avenida Santa Gleide, bairro São Carlos, em Aracaju, quando foi alvejado por Adalberto Santos Silva, também atingido gravemente. Dois outros homens que estavam no local também ficaram feridos e foram igualmente levados para o Huse. Os dois, identificados como Márcio Alves dos Santos e Cleidson dos Santos, estavam sendo atendidos juntamente com Jailson e Adalberto.

Quando seu irmão morreu, segundo o governo de Sergipe, "Genilson se desesperou". Segundo depoimentos de outros pacientes e de funcionários do hospital, o oficial, que estava à paisana, fez diversos disparos contra os outros três feridos e fugiu do local. Ele estaria acompanhado de mais um ou dois homens. Vigilantes da unidade e PMs que estavam acompanhando o caso tentaram contê-los ainda dentro do prédio, mas evitaram confronto para que mais pessoas não fossem feridas por tiros.

A assessoria da Secretaria de Segurança Pública do Estado informou que Genilson recorre de uma condenação judicial, mas não soube dizer a que o tenente respondia. Às 18h, ainda não se sabia se ele permaneceria detido nem se havia sido enviado pedido de prisão à Justiça.

Foram mobilizadas equipes de unidades especializadas da PM para reforçar a segurança no hospital. Os primeiros presos foram Ralf Souza Monteiro e Ginaldo Alves de Souza (sobrinho e irmão do tenente, respectivamente), que teriam envolvimento no caso. O governo do Estado emitiu nota informando que "o equilíbrio dos funcionários e dos pacientes do hospital foi essencial para que o fato não tivesse maiores proporções. A atenção e o atendimento foi normalizado à medida que os trabalhos investigativos eram realizados.

O governo lamenta os fatos e continua dando toda a assistência e auxílio necessários às famílias e está colaborando para a elucidação do crime".

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