Secretário fala sobre rebelião na Casa de Custódia

Henrique Rebelo frisou que as famílias dos presos podem ficar tranquilas com relação à segurança dos mesmos.

Henrique Rebelo. | Arquivo MN
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O programa Agora desta quinta-feira (18/10) teve a participação do Secretário de Justiça, Henrique Rebelo, e do vice-presidente do SINPOLJUSPI (Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores Administrativos das Secretarias da Justiça e Segurança do Piauí), Wellington Rodrigues, sob mediação dos jornalistas Ieldyson Vasconcelos e João Carvalho.

O problema

A rebelião que aconteceu na noite de ontem e manhã de hoje, de acordo com Henrique Rebelo, acabou devido a um acordo selado ao meio-dia de hoje, onde acordou-se que uma força-tarefa trabalhará incessantemente para que haja celeridade nos processos dos presos da Casa de Custódia.

Henrique Rebelo frisou que as famílias dos presos podem ficar tranquilas com relação à segurança dos presos porque, de acordo com ele, uma equipe de serralheiros foi contratada para que as celas danificadas sejam consertadas o mais rápido possível.

Para o Secretário, é necessário que sejam retirados da Casa de Custódia criminosos de alta periculosidade, em especial o líder da rebelião, identificado como Celestino, que possui ligação com o PCC.

A rebelião, de acordo com ele, iniciou com a chegada de presos transferidos de Esperantina, onde já estava ocorrendo um motim, de modo que foi disseminada a notícia na Casa de Custódia de Teresina e o fato tomou corpo.

"O importante é que a rebelião já está controlada, o que eles reivindicam é a celeridade dos processos de detentos", afirma. Em relação às críticas dos sindicatos, Henrique Rebelo foi sumário: "Eu não administro para o sindicado, mas sim para a população".

Solução

Para o Secretário de Justiça, a solução para o problema está na reforma e construção das penitenciárias do Piauí, pois é claro que o sistema prisional piauiense está em crise devido à superpopulação dentro das prisões já existentes.

O vice-presidente do SINPOLJUSPI rebate a afirmação dizendo que há seis meses já se fala nas reformas das prisões, mas que nada foi feito. Em resposta, o Secretário de Justiça diz "não querer polemizar", mas garante que as reformas só estão lentas justamente por conta da superlotação do recinto.

Posição do SINPOLJUSPI

Wellington Rodrigues apontou que, além da superlotação, o contingente de policiais nas casas de custódia é muito reduzido. Para ele, a contratação de novos policiais é necessária para que haja um controle mais eficiente dentro dos ambientes prisionais.

"A raiz do problema está na administração, eles não sabem nem quantos presos estão dentro das prisões do Piauí", declara.

"Poderia ter havido uma carnificina dentro do presídio", finaliza.

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