O Sargento da Polícia Militar, Renato dos Reis, foi indiciato por ter assassinado com tiro na cabeça sua namorada Natália Aparecida Correa no dia 7 de fevereiro.
Em depoimento, o sargento disse que a namorada teria atirado acidentalmente na própria cabeça e que ele a socorro ainda com vida, mas a perícia constatou que a posição que se encontrava Natália no momento do tiro não era compatível com o que o sargento contou e que ela morreu na hora.
A delegada Indiara Froes disse que a falta de sangue nas roupas do policial também revela que Renato dos Reis tentou mudar a cena do crime.
— Tal incoerência confere indícios de que o investigado, mesmo já ciente do óbito da vítima, quis retirá-la do local, o que inevitavelmente comprometeria a perícia técnica em seu exame de perinecroscopia.
Além do indiciamento por homicídio qualificado - por motivo torpe e com recurso que dificultou a defesa -, a Polícia Civil pediu o afastamento do militar e a suspensão do porte de arma do sargento.
Segundo as investigações, Natália Aparecida Correa teria sido morta devido o sargento não ter aceitado o fim do realcionamento e ele não queria que ela ficasse com outra pessoa.
Consta que no dia do assassinato, Renato foi até a casa de Natália e os dois discutiram e ele conseguiu levá-la até a casa dele onde o crime aconteceu.
Segundo a irmã da vítima, Jaqueline Correa disse que a versão de que sua irmã havia se suicidado era absurda.
— Ela tinha terminado, ele foi lá em casa ontem e ficou pedindo pra ela voltar, eles ficaram discutindo. Eu saí de casa e, quando voltei, meu irmão disse que o Renato ligou dizendo que a Natalia tinha dado um tiro na cabeça, na casa dele. Ela não gostava dele, não tinha nenhum motivo para se matar. O Renato pegou minha irmã com outro homem na cama há um mês e não fez nada. Ele esperou ela esquecer para fazer isso.