“São uns monstros”, diz mãe de empresário executado na porta de casa

Comerciante era filho de Luiz Rosa, ex-presidente da Câmara Municipal.

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A mãe do empresário Robson Luiz Alves da Rosa, de 35 anos, não consegue entender o motivo que teria levado o filho a ser executado com vários tiros na noite de quinta-feira (10), em Cubatão (SP). O corpo do rapaz foi sepultado na tarde desta sexta-feira (11). O empresário estava em frente à casa da mãe, que fica no mesmo imóvel do centro de formação de condutores do qual era dono.

Sidneia de Souza, mãe do comerciante, não se conforma com o que aconteceu e está muito abalada. ?Meu filho não era ruim. A vida dele era trabalho, trabalho e ver a mãe dele. Eu não me conformo, meu Deus. Quem fez isso são uns bandidos, são uns monstros, não tiraram só a vida dele, tiraram a minha também?, desabafa.

A mãe de Robson espera agora que os responsáveis paguem pelo crime que cometeram. "Ele nunca foi vagabundo, lutou desde os 16 anos. Esse menino trabalhava. Eu não me conformo. Eu só peço Justiça meu Pai, Justiça?, diz.

O empresário era filho do ex-vereador Luiz Alves da Rosa. Ele também desabafou após o assassinato de Robson. "Era um jovem de futuro, com visão empreendedora. Além disso, era um companheiro e amigo. Parece que o crime organizado está vencendo as pessoas de bem. Eu confio na polícia, na linha investigatória, e tenho certeza de que, mais cedo ou mais tarde, o assassino será descoberto", declara Luiz Rosa, que foi presidente da Câmara de Cubatão entre 1999 e 2000 e se candidatou novamente em 2012 pelo PDT, ficando como suplente.

O caso

O assassinato ocorreu por volta das 20h de quinta-feira, na Avenida Cruzeiro do Sul, no bairro Vila Nova. De acordo com a polícia, Robson estava dentro do carro quando outro veículo parou ao seu lado, tendo início os disparos. Ao todo, foram 13 tiros, sendo que sete atingiram o empresário. "No primeiro momento, com o carro emparelhado, foram de quatro a cinco disparos. A vítima tentou fugir, mas bateu em um caminhão. O carro dos suspeitos retornou e efetuou novos disparos", conclui o delegado Wanderley Mange, do 3º Distrito Policial de Cubatão.

Câmeras de monitoramento registraram parte da ação dos suspeitos. O delegado não crê em tentativa de roubo e descarta a motivação política. Vingança seria uma das possibilidades. "Nossa linha de raciocínio é de que foi um crime de execução. Estamos trabalhando para identificar os autores e o motivo do delito. Foi premeditado, planejado e muito bem executado", descreve.

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