A megaoperação realizada nesta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, contra o Comando Vermelho (CV), resultou em 64 mortes, incluindo quatro policiais.
Entre as vítimas está o policial civil Rodrigo Cabral, de 34 anos, lotado na 39ª DP (Pavuna). Ele foi atingido por um tiro na nuca durante o confronto. Cabral havia tomado posse há apenas dois meses.
Nas redes sociais, o policial costumava compartilhar momentos de lazer com a esposa e a filha, além de registrar viagens e idas ao estádio Nilton Santos, onde acompanhava o Botafogo, seu time do coração.
Outros três agentes também morreram:
- Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, de 51 anos, conhecido na corporação como “Máskara”. Ele havia sido recém-promovido a chefe de investigação da 53ª DP (Mesquita);
- O policial do Bope Cleiton Searafim Gonçalves;
- Herbert, também do Bope.
Megaoperação
A megaoperação contra traficantes do Comando Vermelho (CV), realizada nesta terça-feira (28) no Rio de Janeiro, resultou na morte de 64 pessoas e na prisão de 81 suspeitos. Durante a ação 32 fuzis foram apreendidos.
A operação, batizada de “Operação Contenção”, foi conduzida pelas polícias Civil e Militar nas favelas da Penha e do Alemão. O objetivo é impedir a expansão territorial da facção criminosa.
Deflagrada após mais de um ano de investigação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), a ação contou com cerca de 2,5 mil agentes, além de drones, helicópteros, blindados e veículos utilizados para remoção de barricadas.
De acordo com o governo, a operação causou reflexos em toda a comunidade. Cinco unidades de Atenção Primária da Prefeitura, que atendem as regiões da Penha e do Complexo do Alemão, suspenderam as atividades nesta terça-feira. Uma clínica da família manteve o atendimento à população, mas suspendeu as atividades externas, como visitas domiciliares. Pelo menos 43 escolas também foram impactadas.