
João Neto, de 47 anos, que acumula mais de dois milhões de seguidores nas redes sociais e se apresenta como ex-agente da Polícia Militar da Bahia, advogado criminalista e mestre em ciências criminais, foi preso em flagrante na manhã de segunda-feira (14), em Maceió (AL), por agredir sua companheira.
VÍTIMA DISSE QUE NÃO FOI A 1º VEZ
A vítima, de 25 anos, confirmou ter sido agredida e afirmou que essa não foi a primeira vez. Imagens de uma câmera de segurança no hall do prédio mostram a mulher sangrando, enquanto João Neto aparece tentando estancar o ferimento com um pano. Em seguida, ela cai no chão, visivelmente abalada, e ele manda uma terceira pessoa, que estava no apartamento, limpar o sangue no local.
SOBRE A PRISÃO
João Neto foi localizado pela polícia pouco depois do ocorrido, pilotando uma moto sem placa e trafegando na contramão. Ao ser abordado, apresentou sua carteira da OAB, mas mesmo assim foi conduzido pelos agentes. Ele deve responder pelos crimes de violência doméstica e lesão corporal.
O QUE DISSE A DEFESA
Em nota, a defesa de João Neto afirmou que os fatos serão devidamente esclarecidos durante a audiência de custódia, marcada para esta terça-feira (15).
CONHECIDO NAS REDES SOCIAIS
O advogado de 47 anos é conhecido pelo bordão “no coco e no relógio”, repetido com frequência em suas publicações.
Nas redes sociais, João Neto costuma compartilhar participações em podcasts, programas de TV e comentários sobre casos de grande repercussão, como a anulação da condenação de Daniel Alves por estupro. Ele também produz vídeos em tom de humor, com piadas e memes relacionados ao universo jurídico.
No mesmo perfil, o advogado também dá conselhos religiosos e compartilha as conquistas pessoais, como a compra de um apartamento de luxo no bairro de Pinheiros, na capital paulista. "Sou profundamente grato por cada conquista, pois sei que não advêm do acaso, mas da graça misericordiosa de Jeová, que honra a fé e exalta os que nele confiam", escreveu na ocasião.
Ele também aparece em fotos ao lado de nomes conhecidos, como Jojo Toddynho, e dos influenciadores Rafael e Débora Cunha. Em nota, a OAB Bahia informou que o processo disciplinar tramita em sigilo e só as partes envolvidas terão acesso as informações.