Saiba quem é e como agia a “Gatinha da Cracolândia”, presa esta semana

Uma das imagens registradas mostra a imagem de uma pessoa de longos cabelos loiros que, de acordo com a polícia, se trata de Lorraine.

Lorraine | Reprodução - Record-TV
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Lorraine Cutier Bauer Romeiro, de 19 anos, foi presa nesta quinta-feira (22) em Barueri, na Grande São Paulo, suspeita de tráfico de drogas na Cracolândia, na região central de São Paulo. Segundo a polícia, ela é conhecida como "Gatinha da Cracolândia".

Lorraine fazia sucesso nas redes sociais, com mais de 36 mil seguidores no perfil do Instagram, que está fora do ar. Ela exibia uma vida luxuosa nas redes sociais com viagens para Angra dos Reis, carros, motos e lanchas. Ela foi detida pela Polícia Civil de São Paulo na segunda fase da Operação Carontes, que investigou o tráfico de drogas na região da Cracolândia.

Lorraine fazia sucesso nas redes sociais. (Foto: Reprodução - Record TV)

Policiais civis se infiltraram no fluxo da região e realizaram filmagem das atividades dos traficantes, descobrindo o funcionamento do tráfico, ordenado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios. Uma das imagens registradas mostra a imagem de uma pessoa de longos cabelos loiros que, de acordo com a polícia, se trata de Lorraine.

As investigações apontaram que Lorraine tinha uma mesa de venda de drogas na Cracolândia. Para circular pela região, ela se disfarçava. Colocada roupas pretas, fechadas e usava gorro. "Ela não queria se mostrar muito, porque chama a atenção no fluxo da Cracolândia", afirma o delegado Roberto Monteiro, da 1ª Delegacia Seccional do Centro.

Lorraine tinha uma mesa de venda de drogas na Cracolândia. (Foto: Reprodução - Record TV)

Lorraine e seu namorado, conhecido como André Japonês, foram detidos no dia 30 de junho. Por ser mãe de um bebê recém-nascido, a Justiça concedeu liberdade provisória condicional e prisão domiciliar. No entanto, segundo a polícia, ela deixou a casa onde estava e foi surpreendida nesta quinta-feira pela polícia na casa do companheiro, em um endereço que não havia sido notificado, contrariando determinação judicial.

Segundo a polícia, após a prisão do namorado, Lorraine assumiu o lugar dele no comando do tráfico. De acordo com o delegado, ela "tinha voz de comando", era uma "traficante já experiente e se colocava muito bem nesse universo do tráfico".

Ela foi detida pela Polícia Civil de São Paulo na segunda fase da Operação Carontes(Foto: Reprodução - Record-TV) 

De acordo com Monteiro, Lorraine não reagiu à prisão e colaborou com a polícia. O delegado afirma que a presa confessou o tráfico de drogas e indicou o hotel na região da Cracolândia onde se hospedava e o local em uma construção ao lado onde escondia entorpecentes. A polícia afirma que foi a presa quem conduziu as equipes ao local.

O irmão mais velho de Lorraine afirmou ao Cidade Alerta que os dois perderam os pais há 7 anos, em um caso de latrocínio, mas ponderou que a tragédia não justifica a entrada da irmã no mundo do crime. Ele disse ainda que a irmã "se envolveu com pessoas erradas'. "Jamais passei a mão na cabeça dela. O que ela fez tá errado e ela vai pagar", disse o rapaz.

Lorraine assumiu o lugar dele no comando do tráfico(Foto: Reprodução - Record TV)

O delegado Vasconcelos, do 77º DP, afirmou que em nenhum momento Lorraine demonstrou comprometimento com a filha. "Parece uma moça solteira, desimpedida, sem nenhum compromisso."

Segundo Vasconcelos, Lorraine "não demonstra sentimento em relação à ordem social posta. O que ela elegeu pra vida dela foi o comércio no tráfico".

 O delegado afirma que "o traficante se diz um comerciante, vende a mercadoria pra quem quer, não obriga ninguém a comprar. Ela tá lá, vende a mercadoria na banca dela, ela não acha que tá prejudicando ninguém", detalha Vasconcellos. "A diminuição do comportamento faz com que ela assim haja continuamente."

Momento da prisão de Lorraine. (Foto:  Reprodução - Record TV)

A defesa de Lorraine afirmou que ainda não teve acesso ao inquérito, que é muito cedo pra considerá-la culpada e que não se trata de uma criminosa contumaz.

Lorraine passou pelo 77° DP (Santa Cecília), onde prestou depoimento, fez  exame de corpo de delito no IML (Instituto Médico Legal) e foi conduzida à carceragem feminina do 89º DP (Portal do Morumbi), onde permanecerá presa.

A defesa de Lorraine afirmou que vai se manifestar oportunamente, após ter acesso ao inquérito.

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