A Polícia Civil de Santana de Paranaíba, na Grande São Paulo, pretende divulgar ainda nesta quinta-feira (17) o retrato falado do segundo suspeito de ter participado do assassinato da supervisora de vendas Vanessa de Vasconcelos Duarte, de 25 anos. O corpo da jovem foi encontrado por conhecidos dela no domingo (13), em um matagal em Vargem Grande Paulista. A mulher havia desaparecido no sábado (12) depois de ter saído da casa do noivo em Barueri com o carro dele. Ela iria a Carapicuíba encontrar com amigas que levaria à capital paulista para um curso de maquiagem.
Segundo o delegado Zacarias Tadros, titular do Setor de Homicídios e Proteção à Pessoa, que investiga o crime, o retrato do segundo suspeito que será apresentado é o de um homem branco. ?A partir de informações de uma testemunha, foi elaborado o segundo retrato falado que vamos divulgar à imprensa. Esse homem teria sido visto por essa testemunha dirigindo o carro que Vanessa usou no dia em que desapareceu?, disse o delegado Zacarias nesta quinta-feira.
O primeiro retrato falado, feito a partir de relatos de testemunhas, já foi mostrado aos jornalistas. Trata-se de um homem negro. A polícia procura pelos dois suspeitos. Quatro pessoas com características físicas parecidas foram levadas detidas na quarta à delegacia, mas acabaram liberados após prestarem esclarecimentos.
Ainda nesta quinta-feira (17) é aguardado o depoimento do noivo de Vanessa, Luiz Vanderlei de Oliveira, na delegacia em Santana de Parnaíba. Na quarta-feira (16), foram ouvidos formalmente a irmã gêmea da vítima, Valéria, o noivo dela, Alex Veras da Silva, e o policial militar José Alves da Silva. Esses dois últimos ajudaram na localização do corpo da jovem, no domingo (13). Um dia antes, uma testemunha havia ligado dando informações sobre o paradeiro do carro.
A polícia diz ter localizado um objeto importante dentro do veículo utilizado por Vanessa no dia do crime ? não foi divulgado o que seria. Ele pode ajudar na identificação dos suspeitos.
Imagens
Câmeras de segurança da Prefeitura de Barueri, na Grande São Paulo, registraram imagens do carro em que a supervisora de vendas estava pouco antes de ser assassinada. O laudo com a causa da morte concluiu que a jovem teve várias lesões pelo corpo e foi violentada.
Às 7h30 de sábado, as câmeras de segurança registraram dois homens a pé quase em frente da casa de Vanessa. Pouco antes das 9h, ela saiu sozinha dirigindo um Fiesta e, 300 metros depois, outra câmera flagrou o carro da jovem passando, às 8h59. Havia um homem ao volante e outro ao lado. Pela imagem, não dá para saber onde está Vanessa.
A Prefeitura de Barueri continua analisando as gravações de mais de 250 câmeras para ver se encontram imagens dos criminosos no carro de Vanessa. A partir do retrato falado de um dos suspeitos, a polícia começou a seguir algumas pistas. Denúncias anônimas levaram policiais de Barueri para São Paulo.
O laudo de Vanessa foi feito pelo Instituto Médico-Legal (IML) de Cotia a pedido da polícia. O exame feito no corpo de Vanessa Vasconcelos Duarte constatou: hematomas em toda perna direita, ferimentos no braço direito, arranhões e hematomas no pescoço, marcas de espancamento no rosto, um corte profundo na cabeça e queimaduras nas costas na altura da cintura.
A causa da morte foi asfixia respiratória, provocada por estrangulamento e pela obstrução da boca por um absorvente feminino. Vanessa também sofreu traumatismo craniano e violência sexual. ?Foi uma morte violenta por asfixia e tortura?, concluiu o médico legista de Cotia que assinou o laudo nesta quarta-feira.