A Polícia Civil deverá ouvir o depoimento de Elissandro Spohr, o Kiko, somente próximo ao encerramento do inquérito, no final de fevereiro. Peça-chave da investigação, o interrogatório do sócio-proprietário da boate Kiss pode esclarecer pontos que permanecem sem resposta no incêndio em Santa Maria (RS) que matou 239 pessoas. Kiko, que está preso temporariamente na Penitenciária Estadual de Santa Maria, já foi ouvido uma vez, no dia seguinte à tragédia. Desde então, novas evidências surgiram e a polícia espera confrontar informações prestadas por ele no primeiro depoimento. Entre elas, a superlotação na casa noturna e o uso de artefatos pirotécnicos na boate. As informações foram publicadas no jornal Zero Hora.
Antes de fazer novas perguntas ao empresário, o delegado regional de Santa Maria, Marcelo Arigony, disse que é preciso ouvir outras testemunhas, que deverão começar a depor na quarta-feira. Uma estimativa da polícia gaúcha aponta que mais de 500 pessoas devem prestar esclarecimentos durante o inquérito. Até o momento, cerca de 150 foram ouvidos. Apesar de considerar a reconstituição do incêndio fundamental para o esclarecimento do caso, a polícia não deverá convocar todos os sobreviventes para recriar em detalhes a sequência dos fatos.