Uma vizinha de uma grávida de cinco meses esfaqueada pelo ex-marido no bairro de Cajazeiras, em Salvador, revelou que a vítima implorou para viver.
A mulher, que preferiu não se identificar, confessou que Tainá Pinheiro Walberte, 23 anos, pediu que ela a levasse para o hospital, mas a vizinha foi impedida pelo ex-marido da vítima, David Rodrigues Santos, de 29 anos. “Ela me pediu pra não deixar ela morrer. Ela estava grávida, não queria ter perdido bebê dela, que era pra mim levar ela pro médico”, disse.
A vizinha revelou que chegou ao local do crime depois que a mulher foi esfaqueada, atendendo a pedidos de socorro, e ainda encontrou a vítima ensanguentada.
“Quando eu vi, tava no colo dela [bebê]. Ela já tava gritando, aí eu vi ela pedindo socorro e eu fui e apareci na porta. Ela pediu pra eu ajudar, o bebê já tava no colo dela. Ela em uma mão segurando o bebê e o outro com um pano na barriga”, contou.
A mulher contou que o acusado era muito agressivo e os desentendimentos entre eles eram frequentes. Familiares e amigos da vítima também não gostavam do comportamento hostil do acusado. “Ele era muito agressivo, não era um rapaz muito bom. Eu nunca fui próxima a ela. Ele era um rapaz muito agressivo com ela. Só via eles só brigando”, disse.
A vendedora ambulante, que foi agredida após se recusar a reatar o relacionamento com o companheiro, não corre risco de morrer. O acusado está preso e vai responder pela morte do filho.