Regina Episcopo, conhecida como DJ Rebeka Episcopo ou Beka, e Jacimara Berwig são apontadas pela Justiça portuguesa como líderes de uma rede de prostituição que utilizava spas de luxo como fachada para a exploração sexual. Ambas tiveram a prisão preventiva decretada no país europeu.
De acordo com informações, Rebeka Episcopo é DJ, produtora, modelo internacional e empresária. Nascida em Dourados (MS), ela vive há mais de 30 anos na Europa e é proprietária de duas unidades do Nuru Spa, localizadas em Lisboa e Cascais. Nas redes sociais, acumula mais de 65 mil seguidores.
Jacimara Berwig, por sua vez, é natural de Curitiba (PR) e atualmente reside em Oeiras. Atua como esteticista e é sócia-gerente do Maria Luiza Centro de Estética desde outubro de 2021. Ela possui formação em Medicina Estética Regenerativa e Anti-envelhecimento pela instituição TECH, além de ser especialista em PhiArtist Microblading — técnica de maquiagem semipermanente para sobrancelhas.
Apesar de serem investigadas por atuarem juntas no esquema, as duas não possuem vínculos públicos: não se seguem nas redes sociais e não há registros de interações entre elas.
Regina e Jacimara são investigadas pelo crime de lenocínio, que consiste em promover, facilitar ou tirar proveito da prostituição de terceiros. Segundo as autoridades, os spas funcionavam exclusivamente para fins de exploração sexual.
Operação Last Massage
A Polícia de Segurança Pública de Portugal conduziu a operação que levou às prisões, após mais de dois anos de investigação. A comissária Carina Alves, que liderou o caso, afirmou que a suspeita inicial recaía sobre dois spas. Com o avanço das investigações, foi possível comprovar a natureza dos crimes cometidos e a ligação direta das brasileiras com o esquema.
Além do crime de exploração sexual, o grupo também é investigado por sonegação previdenciária em território português.
Ao todo, seis pessoas foram alvos da Operação Last Massage. Três delas — incluindo Regina e Jacimara — tiveram a prisão preventiva decretada, enquanto as outras três deverão se apresentar periodicamente à Justiça.
Durante a ação policial, foram apreendidos cerca de 107 mil euros em espécie, dois cheques que somam 10 mil euros e diversos documentos que reforçam a atuação do grupo. Os nomes dos demais investigados não foram divulgados pelas autoridades.