Quatro suspeitos de matar jovem são soltos por falta de provas

Conforme a polícia, eles foram soltos porque não havia provas da participação direta no crime, apesar de que eles sabiam da suposta morte da garota.

Polícia trabalha com hipótese de chantagem ou ciúmes | Arquivo pessoal
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Quatro das oito pessoas que foram presas suspeitas de ter envolvimento no desaparecimento da adolescente Maiana Mariano Vilela, de 16 anos, foram liberadas pela Polícia Civil na noite desta sexta-feira (25). Conforme a polícia, eles foram soltos porque não havia provas da participação direta no crime, apesar de que eles sabiam da suposta morte da garota. Mesmo com a liberação, os suspeitos continuam sendo investigados pela Polícia Civil e podem ser indiciados.

Já os dois homens suspeitos de assassinar a adolescente receberam R$2,5 mil cada um para executar o crime, segundo as investigações da Delegacia de Homicídios de Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá. A menina desapareceu há cinco meses, sendo vista pela última vez sacando R$ 400 em uma agência bancária na capital.

Oito pessoas que teriam algum tipo de envolvimento no assassinato da garota tinham sido presas nesta sexta-feira (25), por decreto da Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar de Cuiabá.

As investigações comandadas pela delegada Anaíde Barros apontam que um empresário de 38 anos, que era namorado da adolescente, e a ex-mulher dele, de 36 anos, são os mandantes do crime. Ambos estão entre as quatro pessoas que permanecem presas.

A DHPP trabalha com a hipótese de chantagem ou ciúmes. ?Ela [Maiana] estava aguardando há um tempo receber um apartamento. Então acreditamos que a chantagem seja por esse apartamento?, pontuou Anaíde.

Os dois suspeitos de matar a garota confessaram em depoimento que receberam R$2,5 mil cada um para asfixiar Maiana. ?Nós temos provas suficientes para comprovar o crime. Temos interceptações telefônicas e mensagens?, completou a delegada.

O suposto corpo da jovem foi localizado enterrado no meio da mata, próximo a uma estrada de chão, na região da chamada Ponte de Ferro, no Distrito do Coxipó do Ouro em Cuiabá.

Segundo a Polícia Civil, o corpo estava em uma cova rasa. A ossada foi recolhida pelo Instituto de Medicina Legal (IML), que fará exames para constatar a causa da morte e confirmar a identidade da jovem.

?Recebemos um laudo preliminar do exame odontológico e tem a confirmação de 80% de ser o cadáver da Maiana?, disse Barros. O mandado de prisão das oito pessoas é temporário por 30 dias, mas poderá ser prorrogado.

Morte

Conforme as investigações, na tarde do dia 21 de dezembro o empresário pediu para a adolescente levar R$ 400 para o caseiro da chácara da família, na região do Altos da Glória. Mas na verdade quem estava aguardando a menina era o suspeito de ser o assassino e não o caseiro. Usando um pedaço de pano, conforme a polícia, o suspeito asfixiou a adolescente ainda na chácara e depois ocultou o corpo.

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