Pivô da polêmica sobre supostas ilegalidades em investigações de autoridades, o delegado Protógenes Queiroz, da Polícia Federal, afirmou ontem em Goiânia que vai "dar nome aos bois" quando for prestar esclarecimentos à CPI dos Grampos.
"Prestarei todos os esclarecimentos necessários. Inclusive sobre a participação das pessoas do cenário nacional. O Brasil saberá o nome de cada pessoa envolvida", declarou.
O delegado esteve em Goiânia participando de uma palestra promovida pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Goiás. Ao lado de representantes do PSTU goiano, ele contou com o apoio da plateia de cerca de 200 pessoas, a maioria formada por estudantes.
Logo na abertura, uma aluna da faculdade, identificada como Iara Neves, rasgou um exemplar da "Veja", sob aplausos da maioria presente. A publicação apontou supostas irregularidades nos métodos de investigação de Protógenes na Operação Satiagraha, que resultou na prisão, dentre outros, do banqueiro Daniel Dantas.
Referindo-se a Dantas como "Banqueiro Bandido", Protógenes disse que não teme a CPI e que até faz questão de ser questionado. "Estou muito tranquilo com essa questão. As provas são claras. Faço questão de ir à CPI." Ele também disse que não teme represálias: "Só temo a Deus. Tenho medo da desonra. Não da morte." Protógenes permaneceu em Goiânia até o final da manhã de hoje, quando seguiu para