A pedido da Polícia Civil, a Justiça prorrogou por mais cinco dias a prisão temporária dos três jovens presos na semana passada por suspeita de formarem um grupo que praticava furtos a residências na região de Sorocaba (SP). A decisão saiu nesta segunda-feira (10).
O esquema era chefiado por uma garota de programa, de 22 anos, informou a polícia. A jovem Bruna Antunes Aguilar, presa em casa com dois revólveres e objetos furtados de vítimas, foi transferida para a penitenciária de Votorantim (SP) na sexta-feira (7).
Os outros dois suspeitos - Robson da Silva Aguiar, 18, e Bruno Felipe da Silva, de 19 anos - estão detidos na cadeia de São Roque (SP).
Bruna deve responder por posse ilegal de arma de fogo, associação criminosa e furto. Os amigos vão responder por furto e associação criminosa.
Pelo menos sete furtos cometidos pelo trio foram confirmados pelos investigadores, quando os suspeitos foram presos. As ações ocorreram em Sorocaba, Capela do Alto e Tatuí. Após a prisão dos jovens, possíveis vítimas procuraram a Polícia Civil para fazer o reconhecimento do trio.
A câmera de segurança de uma casa, em Capela do Alto, registrou uma das ações do grupo. Os dois homens estacionam um carro em frente ao imóvel e colocam os objetos dentro do veículo sem pressa. Ninguém que passa pela via percebe a ação.
Segundo a Polícia Civil, a vítima registrou boletim de ocorrência, mas não conseguiu recuperar os objetos, que já haviam sido vendidos pelos criminosos quando foram presos.
"Ela mantinha a atividade com os dois [amigos] paralela com os programas. Então ela não roubava os clientes, mas tinha uma vida de ostentação, possivelmente com a renda obtida pela venda de todos os objetos", conta o delegado seccional de Sorocaba, Marcelo Carriel.
Investigação
De acordo com o delegado seccional, o trabalho de investigação durou cerca de quatro meses. Os criminosos tinham como alvo casas vazias, onde conseguiam furtar joias, aparelhos eletrônicos e dinheiro. A defesa dos suspeitos não foi localizada.
"Eles tocavam a campainha, viam que não tinha ninguém e arrombavam, ou até pulavam os muros. Em alguns casos, suspeitamos que pessoas que conheciam a família passavam informações privilegiadas, porque iam direto no que tinham interesse: pertences caros", explica Carriel.
Os investigadores monitoraram as redes sociais dos jovens, que ostentavam uma vida de luxo na internet, postando fotos em boates com bebidas caras.