A Polícia Civil do Estado do Piauí, através de trabalho conjunto da Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor) e do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), deflagrou na manhã desta quinta-feira (01/12), nas cidades de Teresina e Agricolândia, a Operação Faker, cujo objetivo é cumprir um mandado de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão e sequestro patrimonial contra pessoas envolvidas em crimes de fraude documental, falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Os policiais cumpriram o mandado de prisão preventiva contra o proprietário de um escritório de contabilidade identificado como Elinaldo Soares Silva.
Com a operação deflagrada nesta quinta, esta é a terceira vez que Elinaldo é preso. Contra o acusado pesa ainda os crimes de posse irregular de arma de fogo com numeração suprimida, receptação qualificada de bem público, uso de documento falso e falsificação de documento público.
Além de Elionado, os policiais prenderam em flagrante Antônio Marcos com drogas e munições. Ao todo foram encontrados uma pistola .40 com numeração suprimida, 81 Cartuchos calibre. 40, 5 cédulas em braço autênticas - configurando receptação de bem público, 431 selos falsificados do cartório de Timon, Documentos diversos falsificados; Centenas de carimbos de empresas; 8 tabletes de maconha, R$14.968 reais e 10 veículos apreendidos.
Na decisão judicial, foi autorizado ainda o sequestro patrimonial contra os bens dos alvos até o montante de R$ 28.253.726,45 (vinte e oito milhões, duzentos e cinquenta e três mil reais, setecentos e vinte e seis reais e quarenta e cinco centavos).
Essa operação é resultado do desdobramento de trabalho do Greco feito ainda em abril/2019 contra um escritório de contabilidade de Teresina, quando vários documentos falsos, cartões bancários e carimbos foram lá apreendidos.
De posse daquela documentação, os policiais civis da Deccor continuaram os trabalhos e perceberam que havia uma forte organização criminosa atuando no Piauí e no Maranhão com fraudes documentais e lavagem de dinheiro, contando, para tanto, com potencial participação de cartórios, estabelecimentos bancários e outros entes.
Foi visto que várias pessoas e empresas fictícias eram criadas pelo grupo criminoso, quando para elas era transferido o passivo de várias empresas verdadeiras, muitas delas endividadas com bancos, com o fisco, além de outros delitos.
A investigação mostrou que a partir dessas pessoas físicas e jurídicas falsas (cujo termo popular remete à expressão de língua inglesa “fakes”), o grupo conseguia movimentar quantias em dinheiro de forma dissimulada, com o objetivo de esconder seu patrimônio e causar prejuízo às reais vítimas (fisco e bancos).
Participam da operação 42 policiais civis do Greco e Deccor.