Professor que jogou apagador em aluna vai responder por agressão

À polícia, ele admitiu a agressão, mas disse que não queria machucá-la.

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O professor de geografia Marcelo Souza Leite, de 43 anos, que arremessou um apagador no rosto de uma aluna de 11 anos da Escola Municipal Cuba, na Ilha do Governador, na quarta-feira (17), vai responder por agressão. O caso aconteceu durante uma aula do sexto ano do ensino fundamental.

A agressão teria sido motivada pelo falatório na sala de aula. A Secretaria municipal de Educação do Rio informou que está apurando os fatos. Os pais de outros alunos ficaram indignados: ?Eu achei errado, ele não pode fazer isso com uma criança. Ele está na escola para educar?, disse a dona de casa Erivânia Rodrigues da Silva.

Chorando, a menina agredida procurou a direção da escola, que entrou em contato com sua mãe. Ela foi, então, com sua patroa, a advogada Consuelo de Freitas, até a escola e as duas registraram o caso na 37ª DP (Ilha do Governador).

De acordo com a delegada Renata Teixeira, o professor confirmou que jogou o apagador na aluna, mas afirmou que não queria machucá-la, apenas dar um susto. Em depoimento, ele disse que já tinha pedido silêncio várias vezes à turma. No momento da agressão, ele substituía sua mulher, também professora, que havia faltado a aula.

A criança está com medo de ir voltar à escola e recebeu atendimento psicológico nesta quinta-feira (18). Suerlete de Jesus Silva, mãe da estudante, contou que a menina não quis ir à aula nesta quinta-feira (18): ?Ela estava muito quente, estava com dor de barriga, dor de estômago e pediu para não ir à aula, e larguei ela em casa?, declarou a mãe da aluna.

De acordo com a pedagoga Leda Fraguito, nada justifica uma atitude agressiva em sala de aula. ?Esta é uma situação extrema, que tem que ser considerado uma agressão, tem que ser condenada por todos nós, mas é necessário pensar o que aconteceu, o que houve para levar esse professor à essa situação?, disse.

Nota da Secretaria de Educação

Em nota, a Secretaria municipal de Educação considerou a atitude do professor "inaceitável".

"A Coordenadoria de Educação da região já instaurou uma sindicância para apurar os fatos, com prazo de 60 dias para conclusão. Ao final do processo, caso seja comprovada uma conduta inadequada do professor, todas as medidas cabíveis serão tomadas pela Secretaria Municipal de Educação", diz o documento.

O Sindicato dos Professores do Rio de Janeiro (Sepe) lamentou o ocorrido e informou que não defende profissionais violentos. Mas que para analisar o caso do professo é preciso apurar o que levou o profissional ao descontrole.

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