Presos do 1º Distrito Policial de Goiânia, que aguardam por vaga na Casa de Prisão Provisória (CPP), estão fazendo greve de fome para tentar chamar a atenção para o problema da superlotação da cadeia. Atualmente, as celas abrigam 22 pessoas, mas têm capacidade para apenas quatro detentos.
?Durante a noite, cinco dormem até meia noite, cinco dormem até as 4h e os outros até as 8h", explica um dos detentos. Segundo eles, a greve só será encerrada quando houver a transferência de presos para a CPP.
O delegado-geral da Polícia Civil em Goiás, Edemundo Dias, disse que vai continuar fazendo o papel da polícia, prendendo os criminosos. Ele afirma que solucionar o problema de superlotação nas delegacias depende da Agência Goiana do Sistema de Execução Penal (Agsep), que tem, segundo o delegado, obrigação de buscar vagas nos presídios.
A assessoria de imprensa da Agsep alegou que, de janeiro a setembro deste ano, foram abertas 1.924 vagas para presos e que todos os dias são ofertadas vagas para a Polícia Civil. De acordo com a agência, a definição das prioridades de esvaziamento das delegacias é feita pela própria Polícia Civil.