Preso suspeito de abuso em carro da Igreja

A vítima e testemunhas reconheceram o suspeito, que confessou o crime, disse ter agido por impulso

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A Polícia Civil de Presidente Prudente (565 km a oeste de São Paulo), através da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), prendeu na tarde desta quarta-feira o músico Luiz Cesar de Lima Silva, 30 anos, acusado de abusar sexualmente de uma estudante de 19 anos, semana passada, após abordar a vítima dentro de um carro que pertenceria à Igreja em que ministra cultos religiosos.

A vítima e testemunhas reconheceram o suspeito, que confessou o crime, disse ter agido por impulso e que teve "um minuto de bobeira". "Eu passava pelo local, vi a moça que caminhava. Me interessei, fiz o retorno, voltei e parei no local que ela teria que passar foi quando a abordei", disse o suspeito.

No dia do crime, 15 de setembro, a jovem saía de um shopping quando teria sido atacada. À polícia, a vítima disse que passava próximo a um veículo de cor escura que estava estacionado e foi abordada por um homem que ocupava o banco do passageiro. Ele teria apontado para a jovem um objeto de metal encoberto por um pano escuro, que ela acreditou ser um revólver. O suspeito ainda a ameaçou de morte, forçou a jovem a entrar no banco traseiro do carro e se despir.

Luiz teria dirigido o carro a uma garagem de uma empresa, onde teria acontecido o abuso. Ele ainda teria pego o celular da vítima e a obrigado a fugir sem olhar para trás. Testemunhas disseram que viram no local um homem com as mesmas características descritas pela jovem. As placas e modelo do veículo foram anotadas e a polícia chegou até o suspeito.

Luiz César é carioca e está em Presidente Prudente desde julho. Ele reside no Jardim Vale Verde e afirmou que ministra cultos religiosos, além de ser músico. O carro usado por ele, um GM Astra com placas de São Paulo, pertenceria à Igreja (a polícia não divulgou qual) e foi apreendido. No Rio, o suspeito já havia sido investigado por tentar abusar de uma criança de 9 anos e também foi processado por prática de assalto.

Segundo o delegado titular da DIG, Arlindo Ribeiro de Sales, "pelo fato de o autor ter sido visto por testemunhas no mesmo local e nas mesmas condições de quando atacou a estudante, é possível que existam outras vítimas. Esperamos que agora, com a divulgação dos fatos, elas possam comparecer na polícia para formular a queixa". O delegado representou junto à Justiça o pedido de prisão temporária do acusado, que deve permanecer cinco dias detido.

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