Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) apresentaram nesta segunda-feira um criminoso conhecido como Beto Xerém, apontado como o maior assaltante de banco da década de 90. Ele foi preso na última quinta-feira quando bebia em um bar na favela do Muquiço, em Guadalupe, zona norte do Rio de Janeiro.
Beto Xerém responde a 23 processos por roubo de banco e o total de seus assaltos chegaria a R$ 300 mil. De acordo a polícia, o bandido era o responsável por aliciar os seguranças e, em muitos assaltos, conseguia entrar nas agências com a chave do prédio.
Ele foi condenado a 43 anos de prisão e chegou a cumprir pena. Há nove meses estava em liberdade condicional. Pelo menos 10 seguranças foram identificados e presos por conta dos assaltos de Beto Xerém. Em março deste ano, a DRF monitorava os passos do criminoso e autoridades suspeitam que ele agia mesmo em liberdade condicional.
As investigações mostram que, em março, Beto Xerém procurou uma gerente de banco que já havia o ajudado em um assaltado em Copacabana, em 2001. Depois de localizar a mulher e levantar informações sobre o local de trabalho dela, Xerém teria a procurado perguntando se ela se lembrava dele e do assalto de Copacabana.
A partir disso, a DRF começou a investigar o caso como se tratasse de um possível sequestro. No dia 16 de abril, no entanto, a mulher de Beto e sua sogra, 74 anos, estiveram na agência em que a mulher ameaçada trabalha e fizeram novas ameaças para que ela não prestasse depoimento. As duas foram indiciadas por coação durante o processo.