O governador Wellington Dias afirmou durante a instala??o da Central de Penas Alternativas do Piau?, em solenidade do Tribunal de Justi?a, que o Governo do Estado gasta R$ 3 mil por m?s para manter cada preso. Ele fez os c?lculos e chegou a conclus?o que a melhor alternativa no caso do Piau? ? gastar com o tratamento de viciados em drogas e sua reabilita??o, que custa R$ 600 mensais por pessoa.
Wellington Dias afirmou que 70% dos crimes que resultaram em pris?es no Piau? est?o relacionadas com consumo e abuso de drogas. O governador Wellington Dias falou que quando assumiu o governo afirmaram que teria de abrir 1.300 vagas no sistema penitenci?rio para resolver o problema da superlota??o do sistema penitenci?rio.
Ele afirmou que ouviu novamente que devem ser criadas mais 1.200 vagas nas penitenci?rias e sabe que n?o vai resolver o problema. Dias falou que essas 1.200 novas vagas no sistema penitenci?rio ser?o oferecidas em 2009 ou 2010.
?Vamos buscar parcerias para tratar os que cometem crimes e s?o dependentes qu?micos porque se n?o for assim vamos ter que criar mais 1.200 novas vagas no sistema penitenci?rio?, declarou o governador.
Wellington Dias e o presidente do Tribunal de Justi?a do Piau?, desembargador Raimundo Nonato Alencar, anunciaram a cria??o da nova Central de Penas Alternativas. O desembargador Raimundo Nonato Alencar afirmou que todos os condenados por crimes de ordem n?o agressiva cujo
tempo de reclus?o seja inferior a quatro anos podem ter sua deten??o alterada por puni?es alternativas.
As penas alternativas podem ser desde a perda de bens e valores, presta??o de servi?os ? comunidade, interdi??o tempor?ria de direitos, proibi??o do exerc?cio do cargo ou de freq?entar determinados lugares, reclus?o aos finais de semana na casa de aguardar ? esp?cie de pris?o em
regime semi-aberto ? e ainda pagamento de multa ?s v?timas dos crimes.
A Central de Penas Alternativas funcionou no Piau? entre os anos de 2001
e 2003. Atualmente, 177 pessoas est?o cumprindo penas alternativas em 2008. O objetivo principal da medida ? fazer com que mais pessoas tenham suas penas alteradas e n?o cheguem a ir para a penitenci?ria, falou a sub-coordenadora geral de Fomento ?s Penas Alternativas, Aldenira Pontes.
Segundo ela, a outra vantagem ? de ordem econ?mica. ?Quem ganha com isso ? o Estado, por conta dos custos que um preso possui?, afirmou Aldenira Ponte. O presidente regional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no Piau?, Norberto Campelo, afirmou que atualmente no Brasil h? mais penas alternativas do que pessoas sendo presas.
?? dif?cil a sociedade entender as penas alternativas porque as pessoas querem que o criminoso seja punido severamente, mas eles esquecem que esses criminosos voltam ? sociedade muitas vezes mais violentos do que quando entraram na pris?o?, afirmou Campelo.
No Piau? funcionam duas Centrais de Penas Alternativas, uma em Teresina, no F?rum Criminal, e outra em Parna?ba. Durante a cerim?nia, o governador Wellington Dias anunciou a implanta??o de mais novas unidades nas cidades de Picos, Esperantina e Floriano.